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Arafat/Al Jazeera

Yasser Arafat pode ter sido envenenado, segundo documentário da Al-Jazeera

O líder palestino Yasser Arafat, que morreu em 2004, pode ter sido envenenado com polônio, de acordo com as conclusões das análises efetuadas em um laboratório na Suíça. As informações serão divulgadas em um documentário que vai ar nesta terça-feira, no canal Al-Jazeera.

Yasser Arafat morreu no Hospital Militar de Percy, na periferia de Paris, em 2004.
Yasser Arafat morreu no Hospital Militar de Percy, na periferia de Paris, em 2004. Reuters
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Segundo François Bochud, diretor do Instituto de Radiofísica de Lausanne, as análises foram feitas em amostras retiradas de objetos pessoais do dirigente palestino, entregues à sua esposa, Souha, pelo hospital militar de Percy, no sul de Paris, onde ele morreu. ‘’Nós encontramos uma quantidade significativa de polônio nessas amostras’’, declara o médico no documentário, realizado depois de nove meses de investigação, segundo a rede Al-Jazeera. O polônio foi a mesma substância utilizada para envenenar o ex-espião russo Alexandre Livtenko, que morreu em 2006 em Londres.

Yasser Arafat adoeceu em 2004 em seu quartel em Ramallah, na Cisjordânia, que estava cercado pela forças israelenses. Levado para a Jordânia, com sintomas digestivos, ele foi transferido para a França e internado em Percy. A causa da morte dele nunca foi totalmente esclarecida, e continua sendo um enigma. Mais de 50 médicos acompanharam seu tratamento, mas nenhum deles foi capaz de explicar a razão exata da deterioração de seu estado de saúde. Na época, os palestinos acusaram os israelenses de envenenarem Arafat.

No documentário, o diretor também explica que, para confirmar a tese da morte por polônio, seria preciso exumar os restos mortais do líder palestino e analisá-los. ‘’Se ela quer realmente saber o que aconteceu ao seu marido, será preciso uma amostra...a exumação vai nos permitir ter essa amostra, que deverá ter uma grande concentração de polônio.’’

O polônio é uma substância radiotiva que se torna letal se ingerida ou inalada pelo homem. Um micrograma é suficiente para matar uma pessoa de 80 quilos. A morte do ex-agente da KGB Livtenko foi a primeira causada pelos efeitos da radição Alfa. Ele morreu três semanas depois da contaminação.

 

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