Acessar o conteúdo principal
Ucrânia/Crise política

Kerry: "Houve acordo para discussões sobre Ucrânia continuarem"

O secretário de Estado norte-americano John Kerry declarou na noite de quarta-feira (5), em Paris, que depois de um dia de encontros diplomáticos entre ministros das Relações Exteriores da Rússia, França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, algumas ideias foram lançadas na tentativa de uma saída para a crise ucraniana. Ele também confirmou que as conversas devem continuar nos próximos dias.  

O chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, durante coletiva de imprensa na Embaixada dos Estados Unidos em Paris, em 5 de março de 2014.
O chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, durante coletiva de imprensa na Embaixada dos Estados Unidos em Paris, em 5 de março de 2014. Reuters/Kevin Lamarque
Publicidade

"Todos concordam que é necessário resolver a crise pelo diálogo", disse Kerry aos jornalistas, em coletiva de imprensa na residência do embaixador americano em Paris. Ele confirmou que houve um acordo para a realização de "intensas discussões" nos próximos dias com a Rússia e a Ucrânia para se ver como será possível normalizar a situação e superar a crise.

"Não deduzam que não tivemos conversas sérias, até surgiram propostas criativas e oportunas para resolver a crise, temos um certo número de ideias sobre a mesa", afirmou Kerry, sem dar maiores detalhes.

Articulações diplomáticas

Os Estados Unidos estão dispostos a trabalhar com todas as partes envolvidas a fim de baixar as tensões na Ucrânia, observou o secretário americano, pedindo mais uma vez à Rússia que retire seus soldados da Crimeia, no sul do país, de maioria russa.

O diálogo entre Estados Unidos e Rússia vai continuar nesta quinta-feira (6), em Roma, onde Kerry deve rever o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov. Interrogado sobre o encontro que não aconteceu entre Lavrov e o novo ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andrii Deshchytsia, que também estava em Paris, Kerry respondeu que "não tinha nenhuma expectativa de que isto fosse acontecer". Os dois homens (Lavrov e Deshchytsia) não foram colocados na mesma  sala.

O bloco europeu, por seu lado, realiza uma cúpula extraordinária também nesta quinta-feira, em Bruxelas, para analisar a situação.A comunidade internacional ameaça adotar sanções contra Moscou se não diminuir a pressão militar contra o país.

Emissário da ONU ameaçado

Nesta quarta, o enviado especial da ONU à Crimeia, Robert Serry, foi ameaçado por milícias armados e obrigado a voltar ao seu hotel. Serry estava diante da base das forças navais quando foi cercado por homens armados que lhe deram a ordem de deixar a Crimeia. Detido rapidamente, ele decidiu pôr um ponto final à sua missão e partir.

OTAN e Rússia

Depois que a Rússia colocou seus soldados na Crimeira, a OTAN decidiu reforçar a sua cooperação com a Ucrânia e reexaminar a sua relação com os russos, suspendendo algumas iniciativas como, por exemplo, o programa Otan-Rússia. O anúncio foi feito pelo secretário-geral do organismo, Anders Fogh Rasmussen.

A decisão é uma mensagem clara à Rússia para que não contribua para a escalada de violência na Ucrânia.
 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.