Grécia reembolsa "sem problemas" parcela da dívida
A Grécia reembolsa hoje sem dificuldades, segundo autoridades de Atenas, uma dívida de 3,2 bilhões de euros que contraiu com o Banco Central Europeu, dissipando assim os temores de calote que pairavam sobre esse pagamento.
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Para poder cobrir o pagamento dessa dívida hoje, a Grécia conseguiu emitir na semana passada 4 bilhões de euros em títulos do Tesouro com vencimento em três meses. Os investidores cobraram 4,43 % de juros para a operação, que permitiu algum alívio para que a Grécia consiga honrar o pagamento desta segunda-feira.
O ministro grego das Finanças, Yannis Stournaras, declarou neste domingo que a Grécia deve ficar na zona do euro para evitar uma pobreza sem precendentes. Jörg Asmussen, da cúpula do Banco Central Europeu, declarou ao jornal alemão Frankfurter Rundschau nesta segunda-feira que uma saída da Grécia da zona do euro seria “administrável”, mas que ele custaria muito caro e seria”acompanhada por uma perda do crescimento e por uma alta do desemprego. Isso seria muito caro para a Grécia, para a Alemanha e toda a Europa”, disse.
Os rumores de uma saída do país do bloco da moeda única e até de uma desintegração completa da zona do euro voltaram a crescer com a piora da situação das contas públicas de Atenas.
A arrecadação fiscal foi menor do que o previsto e o governo grego terá de economizar mais 2,5 bilhões de euros nos próximos dois anos. Em encontros agendados com líderes europeus nesta semana, o premiê grego, Antonis Samaras, deverá pedir um prazo extra de dois anos para implementar as reformas em troca do pacote para salvar o país de 130 bilhões de euros. O ministro de Assuntos Europeus da Finlândia, Alexander Stubb, descartou, porém, um novo pacote de ajuda enquanto a Grécia não acelerar “as reformas estruturais”.
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