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"Minha música faz uma fusão com a música do mundo", diz Armandinho Macêdo em turnê na Europa

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O músico baiano Armandinho Macêdo está atualmente na Europa para uma série de shows ao lado de Marcel Powell. A turnê Baden Powell Tribute começou nesta semana na Suécia, passa pela França e Bélgica, e termina na Holanda. Em entrevista à RFI, o músico, da famosa banda de trio elétrico Armandinho, Dodô e Osmar e inventor da guitarra baiana, fala sobre suas inspirações musicais e seu trabalho com Marcel Powell, um grande amigo, em homenagem ao artista Baden Powell.

Armandinho Macêdo, instrumentista, cantor e compositor brasileiro.
Armandinho Macêdo, instrumentista, cantor e compositor brasileiro. © Divulgação
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Com a colaboração de Jonas Duris

Armandinho Macêdo vê esse show como “um tributo ao Baden”. Baden Powell, pai de Marcel, foi uma inspiração desde pequeno. Foi Osmar, o pai de Armandinho, que o fez descobrir o artista. “Meu pai era quem me passava essas referências. Eu não tinha essa coisa de escutar, eu ouvia muito o meu pai tocando. Então ele passou a ser a minha grande referência, me transportando a esses músicos brasileiros”, ele conta.

Com dez anos, Armandinho já tocava com o Trio Elétrico Mirim, e depois formou o Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar, grupo com o qual ele lançou vários discos de carnaval.

Os dois músicos do show Baden Powell Tribute são amigos. Para Armandinho, tocar com Marcel “é como um encontro de amigos depois de um tempo sem se ver e, de repente, a gente faz essa brincadeira musical. É coisa de brincar mesmo com a música, fazer uma coisa bem espontânea, bem alegre, bem pulsante.” Ele se descreve como “simplesmente um músico que gosta de tocar”.

 

Guitarra baiana e mistura de gêneros

Essa música pulsante apareceu graças à invenção pelo artista da guitarra baiana, instrumento que revolucionou o cenário musical brasileiro. “O elétrico era uma novidade nos anos 1950, 1960. Eu transformei o cavaquinho elétrico numa guitarra, botei uma quinta corda nesse instrumento, e o nome guitarra baiana”, conta Armandinho.

O show se baseia no álbum do mesmo nome, lançado em 2020, mas vai evoluindo junto com a dupla. Segundo Macêdo, a homenagem a Baden é no mesmo espírito da gravação feita em Salvador, mas durante a turnê europeia haverá algumas novidades. "Tem coisas que a gente vai incorporando no repertório. A gente vai compondo um show, a gente está fazendo uma mistura, uma visão da música brasileira mais ampla”, detalha.

As músicas de Armandinho Macêdo são particulares porque não vêm de um lugar só. Ele conta ter sido inspirado por vários estilos musicais, sobretudo o Rock. “Minha história vem muito disso, vem do acústico, da música do chorinho, do frevo e tal. E passa por essa transformação que foi uma fusão que eu fiz ouvindo Beatles, Hendrix e Led Zeppelin. Passei a incorporar essa coisa na minha música, no meu chorinho, no meu frevo e assim eu passo a fazer esta música brasileira, mais atualizada fazendo essa fusão com a música do mundo”, explica o artista, de 69 anos.

Nesta quinta-feira (4), a dupla se apresenta em Bruxelas e na sexta-feira (5), em Le Pradet, no sul da França. A turnê europeia Baden Powell Tribute acaba neste domingo (7), na cidade de Roterdã, na Holanda.

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