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Ataque contra Israel: EUA não querem guerra com Irã, mas G7 diz estar pronto para ‘tomar medidas’

Após uma videoconferência realizada na tarde deste domingo (14), os chefes de Estado e de governo do G7 pediram que o Irã cesse seus ataques contra Israel e ameaçou "tomar medidas" em caso de novas iniciativas iranianas de “desestabilização". Do lado norte-americano, Washington diz que não quer uma guerra com Teerã, mas reiterou seu apoio ao Estado hebreu. União Europeia vai se reunir para discutir o assunto na terça-feira (16).

Representantes do G7 se reuniram eu uma videoconferência para discutir a situação entre Israel e Irã após ataque lançado por Teerã contra o território israelense.
Representantes do G7 se reuniram eu uma videoconferência para discutir a situação entre Israel e Irã após ataque lançado por Teerã contra o território israelense. CHARLES MICHEL VIA X via REUTERS - CHARLES MICHEL VIA X
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"Exigimos que o Irã e seus aliados cessem seus ataques e estamos prontos para tomar novas medidas agora, em caso de novas iniciativas de desestabilização", indicou em comunicado o G7, grupo formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. A reunião das principais potência mundiais foi convocada com urgência depois do Irã ter lançado um ataque noturno com mais de 200 drones e mísseis contra Israel, em resposta a um bombardeio contra o seu consulado em Damasco, no dia 1º de abril.

O ataque iraniano, sem precedentes, foi "frustrado", segundo o Exército israelense. Já as autoridades de Teerã classificam a operação com um sucesso e afirmam terem se vingado do Estado hebreu.

O episódio suscitou reações da comunidade internacional. O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou "nos termos mais fortes possíveis o ataque sem precedentes lançado pelo Irã contra Israel" e pediu a "contenção" das partes envolvidas, segundo uma mensagem publicada neste domingo na rede social X.

A chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, também condenou a agressão e expressou a sua "grande preocupação com uma maior desestabilização". O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, alertou para o risco de "conflagração" na região, que poderia "cair no caos", segundo a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock. Após ter afirmado que a força aérea de seu país conseguiu abater "vários" drones iranianos durante o ataque, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, também pediu "calma" em um vídeo transmitido pelo seu gabinete pouco antes da reunião do G7.

O Conselho de Segurança da ONU se reúne neste domingo para discutir o ataque e os ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia discutirão o assunto na terça-feira (16), por videoconferência. O objetivo é de “contribuir para uma desescalada e a segurança na região", escreveu o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell na rede social X.

Biden reafirma apoio a Israel, mas não quer tensões com Irã

Os Estados Unidos não querem ver uma intensificação da crise no Oriente Médio, disse um alto funcionário da Casa Branca também neste domingo. "Não queremos ver isso escalar", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, no programa "Meet the Press", da NBC. "Não estamos buscando uma guerra mais ampla com o Irã.

Kirby acrescentou na entrevista que os Estados Unidos permanecem "vigilantes" a quaisquer ameaças iranianas às tropas americanas.

O presidente americano Joe Biden reafirmou mais cedo o apoio "firme" de Washington a Israel, ao mesmo tempo que parecia orientar seu fiel aliado para longe de uma resposta militar.

Segundo o portal de notícias Axios, Biden disse ao premiê israelense Benjamin Netanyahu que se oporia a um contra-ataque israelense contra o Irã e que o primeiro-ministro deveria "conquistar a vitória".

Do lado israelense, as autoridades lembram que "a campanha [de bombardeios iranianos] ainda não acabou. Devemos permanecer em estado de alerta", afirmou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. "Junto com Estados Unidos e outros aliados, conseguimos defender o território do Estado de Israel", acrescentou.

“Estamos avaliando a situação”, declarou o porta-voz do Exército, Daniel Hagari. “Aprovamos nas últimas horas planos para ações ofensivas e defensivas”, explicou o militar em um pronunciamento na televisão.

(Com informações da AFP)

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