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Chefe da agência de refugiados da ONU acusa Israel de proibir sua entrada na Faixa de Gaza

O chefe da agência da ONU para refugiados palestinos (Unrwa) anunciou nesta segunda-feira (18) que Israel o proibiu de entrar na Faixa de Gaza, onde as Nações Unidas alertaram sobre a fome iminente, após mais de cinco meses de guerra.

O chefe da Unrwa, Philippe Lazzarini, em 6 de dezembro de 2023, na sede da organização em Beirute, no Líbano.
O chefe da Unrwa, Philippe Lazzarini, em 6 de dezembro de 2023, na sede da organização em Beirute, no Líbano. AP - Bilal Hussein
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Philippe Lazzarini disse a jornalistas no Cairo, ao lado do chefe da diplomacia egípcia, que ele havia "planejado ir a Rafah" pela passagem de fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza nesta segunda-feira (18), mas havia sido "informado de que (sua) entrada não estava autorizada".

Na rede social X, ele disse que "as autoridades israelenses" haviam "recusado" sua entrada em Gaza. Contatadas pela AFP, as autoridades israelenses se recusaram a comentar.

A Unrwa está no centro de uma controvérsia desde que Israel acusou 12 de seus funcionários, no final de janeiro, de envolvimento no ataque mortal do Hamas em solo israelense em 7 de outubro.

Acusações

Na manhã desta segunda-feira, o porta-voz do governo israelense, Avi Hyman, reiterou suas acusações contra a agência, afirmando que alguns de seus funcionários haviam "participado ativamente do massacre de 7 de outubro".

No final de janeiro, cerca de quinze países, incluindo os Estados Unidos, suspenderam o equivalente a mais da metade dos fundos recebidos pela Unrwa em 2023. Desde então, vários países retomaram seus pagamentos, incluindo a Austrália na sexta-feira.

O chefe da diplomacia egípcia, Sameh Choukri, reiterou a Lazzarini na segunda-feira o "apoio total" do Egito à Unrwa, denunciando "decisões unilaterais baseadas em acusações infundadas".

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, que resultou na morte de pelo menos 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

A operação militar israelense lançada em retaliação resultou em mais de 31.700 mortes na Faixa de Gaza, a maioria delas de civis, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

(Com AFP)

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