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Navio comercial é atingido por míssil de rebeldes do Iêmen; dois mortos à bordo

Um míssil disparado pelos rebeldes do Iêmen atingiu um navio comercial no Golfo de Aden nesta quarta-feira (6). A tripulação relatou pelo menos duas mortes e seis feridos na embarcação, conforme relato de uma autoridade dos Estados Unidos. Este é o primeiro ataque mortal desde que os houthis, alinhados com o Irã, começaram suas ações no Mar Vermelho em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza.

Os rebeldes houthis, que controlam grandes áreas do território iemenita, continuam a realizar ataques contra navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden. Nesta quarta-feira 6 de março, aconteceu o primeiro ataque mortal. Dois marinheiros perderam a vida em um navio atacado por um míssil.
Os rebeldes houthis, que controlam grandes áreas do território iemenita, continuam a realizar ataques contra navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden. Nesta quarta-feira 6 de março, aconteceu o primeiro ataque mortal. Dois marinheiros perderam a vida em um navio atacado por um míssil. © Khaled Abdullah / Reuters
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De acordo com o operador grego do cargueiro True Confidence, o navio foi atingido quando ele estava a cerca de oitenta quilômetros a sudoeste do porto iemenita de Aden. Nenhuma informação oficial foi divulgada sobre o estado de saúde dos outros 20 marinheiros e três guardas armados que estavam a bordo do navio. A maioria dos marinheiros é de cidadãos filipinos.

Os houthis alegaram ter disparado mísseis contra o True Confidence depois que o navio ignorou mensagens de alerta da Marinha do Iêmen.

A tripulação abandonou a embarcação e foi resgatada, de acordo com a agência de segurança marítima UKMTO. Liderada pela marinha britânica, a agência relatou uma intervenção de “forças da coligação” no local.

O navio “foi alvo de um ataque e sofreu danos”, indicou por sua vez a empresa britânica de segurança marítima Ambrey. Mais cedo, essa mesma fonte havia reportado uma explosão perto do navio, enquanto o graneleiro se encontrava a 57 milhas náuticas (105 km) a sudoeste do Iêmen. 

A Ambrey ainda informa que “as operações de resgate estão em andamento, com parte da tripulação já nos botes salva-vidas”.

Os rebeldes houthis do Iêmen têm aumentado os ataques a navios cargueiros ao largo da costa deste país há vários meses. Eles afirmam que agem em solidariedade aos palestinos e contra Israel e seus aliados, no contexto da guerra na Faixa de Gaza.

Força internacional

Os Estados Unidos criaram uma força internacional com atuação na costa do Iêmen em dezembro para proteger navios comerciais contra ataques de rebeldes houthis.

Desde novembro, esses insurgentes, apoiados pelo Irã, têm como alvo navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden. Eles consideram essas embarcações como ligadas a Israel. 

Os ataques forçaram muitos armadores a suspender a passagem por essa importante rota marítima. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o transporte de contêineres através do Mar Vermelho caiu quase 30% em um ano.

Antes da guerra, entre 12 e 15% do tráfego global passava por este eixo, de acordo com dados da União Europeia.

Porém, nem a criação pelos Estados Unidos de uma coligação multinacional e que realizou ataques com a ajuda do Reino Unido contra as posições dos rebeldes, conseguiu deter as ações dos houthis, que agora miram, também, nas embarcações americanas e britânicas.

Na terça-feira, os militares dos EUA disseram ter abatido um míssil e três drones de rebeldes iemenitas que tinham como alvo um contratorpedeiro da Marinha dos EUA no Mar Vermelho.

No dia anterior, os houthis haviam atacado um navio porta-contêineres do armador ítalo-suíço MSC, alegando que se tratava de um “navio israelense”.

 

(Com AFP)

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