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Exército americano afirma ter interceptado armamento do Irã destinado aos rebeldes houthis no Iêmen

O Exército norte-americano afirmou nesta quinta-feira (15) ter interceptado, no fim de janeiro, um carregamento de armas proveniente do Irã e destinado aos rebeldes houthis no Iêmen. Em apoio aos palestinos em sua guerra contra Israel, os rebeldes iemenitas dificultam a passagem de navios mercantes no Mar Vermelho. A apreensão feita pelos americanos reforça a tese de que Teerã apoia os insurgentes com material bélico. 

O navio americano Genco Picardy foi atacado por um drone transportador de bomba lançado pelos rebeldes houthis do Iêmen no Golfo de Áden, em 18 de janeiro de 2024.
O navio americano Genco Picardy foi atacado por um drone transportador de bomba lançado pelos rebeldes houthis do Iêmen no Golfo de Áden, em 18 de janeiro de 2024. © AP/marine indienne
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“Um barco da Guarda Costeira dos EUA, destacado para a área de responsabilidade do Comando Central dos EUA (Centcom), apreendeu armas convencionais e outras armas letais originárias do Irã e destinadas a áreas do Iêmen controladas pelos houthis, a bordo de um navio no Mar da Arábia em 28 de janeiro”, disse o Centcom numa mensagem publicada na rede social X. 

Segundo essa fonte, a carga incluía “mais de 200 pacotes contendo componentes de mísseis balísticos de médio alcance, explosivos, componentes de drones, equipamentos militares de comunicação e de rede, conjuntos de lançadores de mísseis guiados anti-tanques e outros componentes militares”. 

Não é a primeira vez que isso acontece. Os Estados Unidos já tinham anunciado outra interceptação de armas, em 11 de janeiro, em um barco que transportava componentes de mísseis de fabricação iraniana destinados ao Iêmen no Mar da Arábia. 

“Este é mais um exemplo da atividade maligna do Irã na região”, avaliou o comandante do Centcom, Michael Erik Kurilla, acrescentando que o fornecimento de armas aos rebeldes Houthis era uma “violação direta do direito internacional”, minando “a segurança da navegação internacional e da livre circulação de mercadorias". 

Desde meados de novembro, os insurgentes do Iêmen, apoiados por Teerã, aumentaram os ataques contra navios que consideram ligados a Israel, ao largo da costa iemenita. Os houthis afirmam estar agindo em “solidariedade” aos palestinos na Faixa de Gaza, onde Israel trava uma guerra contra o movimento islâmico Hamas, após o ataque sem precedentes de 7 de outubro em solo israelense. 

Os ataques dos rebeldes iemenitas no mar impediram muitos armadores internacionais de transitarem no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, uma área por onde transita 12% do comércio mundial. 

Coalizão internacional

Primeiro aliado de Israel, Washington criou em dezembro uma coalizão internacional para “proteger” o tráfego marítimo, mas sem conseguir parar os ataques dos rebeldes. 

Desde meados de janeiro, os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram vários ataques contra posições rebeldes, que também designaram navios americanos e britânicos como “alvos legítimos”. 

Nesta manhã, os militares dos EUA disseram que haviam realizado novos ataques no Iêmen na quarta-feira (14), visando mísseis e drones “prontos para serem lançados contra navios no Mar Vermelho”. 

"Em 14 de fevereiro, entre 13h00 e 19h30 (horário de Sanaa), as forças do Comando Central dos EUA conduziram com sucesso quatro ataques de autodefesa contra sete sistemas móveis de mísseis, três drones anti-navios, e um drone explosivo de superfície naval em áreas do Iêmen controladas pelos houthis”, relatou o Centcom no X. Esses alvos “representavam uma ameaça iminente às embarcações da Marinha e aos navios mercantes dos EUA na região”, acrescentou o comunicado. 

A agência de notícias iemenita Saba noticiou na quarta-feira “ataques americano-britânicos” nas regiões de Saleef e Hodeida (oeste). 

(Com informações da AFP)

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