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Para Rússia, envio de tropas da Otan à Ucrânia geraria “conflito inevitável”; Alemanha recusa possibilidade

O Kremlin alertou nesta terça-feira (27) que o envio de tropas pelos países europeus membros da Otan à Ucrânia levaria a um conflito "inevitável" entre a Rússia e a organização. O presidente francês, Emmanuel Macron, não descartou na segunda-feira (26) o envio de tropas ao país para evitar que a Rússia vença a guerra, que começou em fevereiro de 2022.

Após a declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, que não excluiu o envio de tropas para a Ucrânia, o chanceler alemão, Olaf Scholz, garantiu nesta terça-feira (27) que a Otan não pretende mandar soldados para lutar contra os russos.
Após a declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, que não excluiu o envio de tropas para a Ucrânia, o chanceler alemão, Olaf Scholz, garantiu nesta terça-feira (27) que a Otan não pretende mandar soldados para lutar contra os russos. REUTERS - YVES HERMAN
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Questionado pela imprensa sobre as declarações do presidente francês, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que se os membros da Otan estivessem pensando em enviar tropas à Ucrânia, então as discussões deveriam se concentrar em um “conflito inevitável” entre a Rússia e os países da organização.

Contrariando as declarações de Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz, afirmou nesta terça-feira (27) que a organização não enviará tropas terrestres à Ucrânia, um dia após as declarações do presidente francês, que disse que "nada está excluído".

"Repetindo mais uma vez, isso ficou determinado, em várias reuniões entre os membros da Otan desde o início do conflito. Em uma palavra, não haverá envio de tropas terrestres, e nenhum soldado será enviado para a Ucrânia por países europeus ou outros países da Otan", declarou Scholz.

Apoio a Kiev

Os primeiros-ministros da Polônia e da República Tcheca também afirmaram nesta terça-feira que não enviarão tropas para a Ucrânia, mas insistiram que todos os países europeus devem apoiar Kiev "o máximo possível".

Donald Tusk e Petr Fiala comentaram as declarações do presidente francês. "Não estamos planejando enviar nossas tropas para a Ucrânia e temos uma posição comum sobre isso" com a República Tcheca, disse Tusk em entrevista coletiva com Fiala, pouco antes de uma reunião.

"Hoje, devemos nos concentrar, como os governos polonês ou tcheco fizeram, em apoiar a Ucrânia ao máximo em seu esforço militar", disse Tusk.

Os dois chefes de governo discutiram seu "ponto de vista comum" sobre a agressão russa e concordaram com a iniciativa tcheca, apoiada por Tusk, que propõe compras de munição para Kiev de países terceiros.

"É nosso interesse moral, político, mas também nosso claro interesse apoiar a Ucrânia em sua defesa contra a agressão russa", insistiu Tusk. Fiala havia apresentado a iniciativa tcheca no dia anterior, em Paris, em uma conferência internacional de apoio à Ucrânia.

"Se todos os países da UE se comprometessem a ajudar a Ucrânia como a Polônia ou a República Tcheca estão fazendo, talvez não fosse necessário discutir outras formas de apoio à Ucrânia", insistiu Tusk.

Os dois chefes de governo reiteraram seu apoio ao confisco de fundos russos em todo o mundo, que seriam de "US$ 300 bilhões". Esta seria uma forma de apoiar indiretamente a Ucrânia.

(Com informações da AFP)

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