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“Trabalhadores humanitários nunca devem ser alvo”, diz ONU após ataque do Exército de Israel

Os bombardeios de Israel seguem intensos na Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde do Hamas anunciou nesta sexta-feira (29) que as operações militares israelenses na região já deixaram 21.507 mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro. Também nesta sexta, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) acusou o Exército israelense de disparar contra um de seus comboios de ajuda humanitária.

Soldadas israelenses em veículo blindado, em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, perto da fronteira Israel-Gaza, no sul de Israel, em 28 de dezembro de 2023.
Soldadas israelenses em veículo blindado, em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, perto da fronteira Israel-Gaza, no sul de Israel, em 28 de dezembro de 2023. REUTERS - VIOLETA SANTOS MOURA
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Segundo o ministério palestino, os mais de 21 mil mortos incluem as 187 vítimas das últimas 24 horas. Quase 60 mil pessoas foram feridas.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) também anunciou na sexta-feira no X, antigo Twitter, que “308 pessoas que encontraram refúgio em abrigos” da agência foram mortas desde o início da guerra, e outras 1.095 ficaram feridas.

“Não há lugar seguro em Gaza”, acrescentou a UNRWA na sua publicação.

Ajuda humanitária atacada

“Soldados israelenses dispararam contra um comboio de ajuda que retornava do norte de Gaza, usando uma rota designada pelo Exército israelense. Nosso líder do comboio internacional e sua equipe não ficaram feridos, mas um veículo foi danificado”, disse o diretor da UNRWA em Gaza, Thomas White, no X (antigo Twitter).

“Os trabalhadores humanitários nunca devem ser um alvo”, acrescentou. Uma fonte da UNRWA disse à AFP que o incidente ocorreu na tarde de quinta-feira (28).

Questionado pela AFP, o Exército israelense disse que está verificando a informação.

O chefe das operações humanitárias da ONU, Martin Griffiths, criticou fortemente as condições para a entrega de ajuda a Gaza, citando "comboios alvo de tiros. Atrasos nos pontos de passagem", no X.

Ele denunciou ainda o fato de os trabalhadores humanitários serem “eles próprios deslocados, mortos”, lembrando também que “a população traumatizada” e “exausta” está amontoada “num pedaço de terreno cada vez menor”.

"Três níveis de inspeções antes do regresso dos caminhões. Confusão e longas filas. Uma lista cada vez mais longa de produtos rejeitados", lamentou também.

Advertindo sobre “uma situação impossível para o povo de Gaza e para aqueles que vêm em seu auxílio”, Griffiths insistiu: “os combates devem parar”.

(Com informações da AFP)

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