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Hamas liberta um sexto grupo de reféns isralenses

Uma fonte próxima do Hamas informou à AFP na noite desta quarta-feira (29) que o movimento islâmico palestino entregou “um sexto grupo” de reféns israelenses libertados sob um acordo com Israel. Como das outras vezes, os reféns foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). O governo de Israel havia recebido mais cedo uma lista com os nomes.

Um comboio da Cruz Vermelha transportando reféns israelenses segue em direção ao Egito vindo da Faixa de Gaza em Rafah, quarta-feira, 29 de novembro de 2023.
Un convoi de la Croix-Rouge transportant des otages israéliens se dirige vers l'Égypte depuis la bande de Gaza à Rafah, le mercredi 29 novembre 2023. AP - Hatem Ali
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Todas as noites, desde sexta-feira (24), cerca de dez reféns israelenses, todos mulheres e crianças, foram libertados pelo Hamas na Faixa de Gaza. Em troca, três vezes mais prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e jovens com menos de 19 anos, são libertados das prisões em Israel. 

Essa nova troca de 10 reféns israelenses detidos na Faixa de Gaza por 30 palestinos presos em Israel já era esperada para acontecer neste sexto dia de trégua. A pausa nos combates permitiu a entrada de ajuda humanitária no território palestino sitiado e devastado por sete semanas de bombardeio israelense. 

À tarde, o Hamas já havia anunciado a libertação de duas reféns russas. As duas mulheres foram libertadas fora do acordo de trégua negociado com o Catar, os Estados Unidos e o Egito. 

Prorrogação da trégua 

O Hamas informou nesta quarta-feira que estava pronto para prolongar a trégua em Gaza por quatro dias e libertar novos reféns, enquanto os mediadores internacionais intensificam os esforços para obter um fim duradouro para o conflito entre o movimento islâmico palestino e Israel. 

 O Exército israelense disse “verificar” informações sobre a morte de um bebê de 10 meses, o mais novo dos reféns raptados em 7 de outubro, a sua mãe e o seu irmão de 4 anos. O braço militar do Hamas afirmou que eles foram “mortos em Gaza num bombardeio israelense”. 

Vítimas na Cisjordânia 

Na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel há 56 anos, uma criança de oito anos e um adolescente de 15 anos foram mortos pelo Exército israelense nesta quarta-feira, segundo informações da Autoridade Palestina. O Exército israelense disse que estava “verificando” esta informação. 

Desde o início da guerra desencadeada por um ataque sangrento do Hamas em Israel, a violência irrompeu na Cisjordânia, separada da Faixa de Gaza pelo território israelense. Quase 240 palestinos foram mortos na Cisjordânia por soldados ou colonos israelenses desde 7 de outubro, segundo a Autoridade Palestina. 

Blinken em Israel nesta quinta 

Os países mediadores redobram os seus esforços com o objetivo de prolongar a trégua entre o Hamas e Israel. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, deverá ter conversas nesta quinta-feira (30) em Israel e na Cisjordânia. “Gostaríamos que esta pausa fosse prolongada”, disse Blinken em Bruxelas. Esta extensão “significa mais reféns voltando para casa, mais ajuda”, prevê. 

Voltar para suas famílias 

Desde 24 de novembro, o Hamas já libertou cerca de dez mulheres e crianças todos os dias, em comparação com a libertação de três vezes mais prisioneiros palestinos. 

Na terça-feira (28), dez reféns israelenses e dois tailandeses foram libertados, bem como 30 prisioneiros palestinos. 

O acordo de trégua já permitiu a libertação de um total de 60 reféns israelenses e 180 detidos palestinos. Além disso, outros 23 reféns, a maioria tailandeses que viviam em Israel, foram libertados fora do âmbito deste acordo.    

“Desastre monumental”  

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu na terça-feira “libertar todos os reféns” do Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel. 

E o seu chefe de gabinete, Herzi Halevi, afirmou que “o Exército está pronto para retomar os combates” e “aproveita os dias de pausa para reforçar a sua preparação”. 

A retomada dos combates corre o risco de causar “um desastre que poderia engolir a região”, alertou o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, que presidiu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. 

“Nosso povo enfrenta uma ameaça existencial”, alertou o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Malki, na ONU. 

Apesar do “raio de esperança” trazido pela trégua, os habitantes de Gaza vivem “uma catástrofe humanitária monumental”, denunciou o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, apelando a um “verdadeiro cessar-fogo humanitário”. Ele também pediu a libertação de todos os reféns em Gaza “imediata e incondicionalmente”. 

 (Com informações da AFP)  

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