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Setor privado é essencial para reduzir emissões de gases de efeito estufa, pede presidente da COP28

A cinco dias da abertura da 28ª Conferência das Nações Unidas para as Mudanças do Clima, em Dubai, o presidente da COP28, o sultão Ahmed Al-Jaber, defendeu a presença maciça de industriais e empresas nessa nova conferência sobre o clima em uma entrevista concedida à AFP no sábado (25), na qual ele destacou que o setor privado é essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. 

O sultão Ahmed Al-Jaber, presidente designado da COP28, faz seu discurso durante a Adipec, uma conferência que reúne participantes do setor de hidrocarbonetos, em 2 de outubro de 2023.
O sultão Ahmed Al-Jaber, presidente designado da COP28, faz seu discurso durante a Adipec, uma conferência que reúne participantes do setor de hidrocarbonetos, em 2 de outubro de 2023. AP - Kamran Jebreili
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"Todos precisam fazer parte do processo, todos precisam assumir responsabilidades e prestar contas", disse Ahmed Al-Jaber. "Isso inclui todos os setores, especialmente aqueles com altas emissões, como aviação, transporte, alumínio, cimento e aço, bem como o setor de petróleo e gás", insistiu Al-Jaber, que além de ministro da Indústria dos Emirados Árabes Unidos e CEO da gigante petrolífera ADNOC (Abu Dhabi National Oil Company) é também o enviado especial para as alterações climáticas de seu país. Ele será o primeiro CEO a presidir uma COP.

A COP28, que irá transcorrer de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, promete ser um evento recorde em termos de adesão, são esperados mais de 70 mil participantes, incluindo o papa Francisco

Mil líderes empresariais e de organizações filantrópicas se inscreveram para uma reunião de dois dias a ser realizada paralelamente à cúpula com chefes de estado e de governo nos dias 1 e 2 de dezembro. 

De acordo com seu organizador, Badr Jafar, espera-se que cerca de vinte compromissos sejam anunciados pelas empresas durante a reunião. 

Preocupação com o setor privado

Desde sua nomeação como chefe da COP28 em janeiro, o sultão Al-Jaber tem demonstrado consistentemente seu desejo de envolver o setor privado no financiamento, juntamente com os governos, da transição energética e da adaptação dos países vulneráveis às mudanças climáticas. 

"Precisamos incentivar o financiamento do setor privado. Precisamos ajudar a reduzir os riscos para o capital privado. Precisamos oferecer as garantias e os mecanismos de cobertura necessários para proteger o setor privado, incentivá-lo e encorajá-lo a participar do esforço para resolver os desafios do financiamento climático", disse ele à AFP

Ele foi questionado sobre o pedido feito por parlamentares americanos e europeus para que a ONU introduza novas regras de transparência sobre a participação corporativa nas COPs

De acordo com Al-Jaber, a escala do desafio é tão grande que exige uma "abordagem global e inclusiva", envolvendo governos e agentes privados. 

"Pedirei a todos e a todos os setores que assumam suas responsabilidades e prestem contas para atingir a meta de 1,5°C" de aquecimento global em comparação com o período pré-industrial, disse ele. Esse limite é o mais ambicioso estabelecido pelo Acordo de Paris de 2015, cuja primeira avaliação oficial por consenso será elaborada pelos 195 países membros nesta COP28.

(Com informações da AFP)

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