Aumento da violência na Cisjordânia ocupada alimenta temor de propagação do conflito Hamas-Israel
Pelo menos oito palestinos foram mortos nesta terça-feira (14) na Cisjordânia ocupada pelas forças israelenses, informaram os serviços de segurança e a mídia palestina. As autoridades palestinas calculam que, desde o início da guerra, pelo menos 180 palestinos morreram por disparos de soldados ou colonos israelenses.
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O Exército e a polícia israelense disseram ter ficado sob o fogo cruzado durante uma operação para prender suspeitos na cidade de Tulkarem, tendo matado várias pessoas em resposta às agressões.
Testemunhas no campo de refugiados de Tulkarem relataram confrontos violentos e um forte destacamento de forças israelitas para prender jovens. Em um comunicado de imprensa, os militares afirmaram que um grupo de palestinos abriu fogo e arremessou um artefato explosivo sobre os soldados israelenses, tendo sido neutralizados por um ataque aéreo.
A agência de notícias palestina WAFA detalha que o bombardeio aéreo foi realizado usando um drone, deixando três mortos entre os combatentes palestinos. Ainda de acordo com a mesma fonte, outros quatro palestinos foram mortos a tiros durante estes confrontos no campo de refugiados de Tulkarem.
Um oitavo palestino foi morto pelo Exército israelense nesta terça-feira em Beït Aïnoun, ao norte de Hebron, também na Cisjordânia ocupada, informaram autoridades médicas. O aumento da violência na Cisjordânia alimenta o temor de que uma nova frente de batalha se abra neste território palestino ocupado há 56 anos por Israel. Além da Cisjordânia, Líbano e Síria observam com receio a possibilidade de uma escalada do conflito.
O Exército isralense afirma ter encontrado “dispositivos explosivos instalados nas estradas”, e que “interrogou e prendeu suspeitos procurados”. Ainda segundo a mesma fonte, “durante trocas de tiros com agressores armados, vários deles foram mortos”.
O ano de 2023 é um dos mais mortais na Cisjordânia
Na última quinta-feira, o Ministério da Saúde palestino havia anunciado a morte de 14 pessoas num dia de combates em Jenin, reduto de grupos armados no norte da Cisjordânia. Este foi o mais mortífero ataque israelense neste território desde 2005, ano em que a ONU começou a registrar mortes em incursões israelenses.
Para o Exército israelense, estas operações respondem a um “aumento significativo de ataques terroristas” na Cisjordânia com “mais de 550 tentativas de ataques desde o início da guerra” contra o movimento islâmico Hamas, em 7 de outubro, em Gaza.
(Com informações da AFP)
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