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Aumento da violência na Cisjordânia ocupada alimenta temor de propagação do conflito Hamas-Israel

Pelo menos oito palestinos foram mortos nesta terça-feira (14) na Cisjordânia ocupada pelas forças israelenses, informaram os serviços de segurança e a mídia palestina. As autoridades palestinas calculam que, desde o início da guerra, pelo menos 180 palestinos morreram por disparos de soldados ou colonos israelenses.

Em Jenin, palestinos carregam os corpos de militantes mortos durante um ataque israelense na cidade ocupada da Cisjordânia, em 10 de novembro de 2023. Foto ilustrativa.
Em Jenin, palestinos carregam os corpos de militantes mortos durante um ataque israelense na cidade ocupada da Cisjordânia, em 10 de novembro de 2023. Foto ilustrativa. © Majdi Mohammed / AP
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O Exército e a polícia israelense disseram ter ficado sob o fogo cruzado durante uma operação para prender suspeitos na cidade de Tulkarem, tendo matado várias pessoas em  resposta às agressões.  

Testemunhas no campo de refugiados de Tulkarem relataram confrontos violentos e um forte destacamento de forças israelitas para prender jovens. Em um comunicado de imprensa, os militares afirmaram que um grupo de palestinos abriu fogo e arremessou um artefato explosivo sobre os soldados israelenses, tendo sido neutralizados por um ataque aéreo.  

A agência de notícias palestina WAFA detalha que o bombardeio aéreo foi realizado usando um drone, deixando três mortos entre os combatentes palestinos. Ainda de acordo com a mesma fonte, outros quatro palestinos foram mortos a tiros durante estes confrontos no campo de refugiados de Tulkarem. 

Um oitavo palestino foi morto pelo Exército israelense nesta terça-feira em Beït Aïnoun, ao norte de Hebron, também na Cisjordânia ocupada, informaram autoridades médicas. O aumento da violência na Cisjordânia alimenta o temor de que uma nova frente de batalha se abra neste território palestino ocupado há 56 anos por Israel. Além da Cisjordânia, Líbano e Síria observam com receio a possibilidade de uma escalada do conflito.

O Exército isralense afirma ter encontrado “dispositivos explosivos instalados nas estradas”, e que “interrogou e prendeu suspeitos procurados”. Ainda segundo a mesma fonte, “durante trocas de tiros com agressores armados, vários deles foram mortos”.

O ano de 2023 é um dos mais mortais na Cisjordânia 

Na última quinta-feira, o Ministério da Saúde palestino havia anunciado a morte de 14 pessoas num dia de combates em Jenin, reduto de grupos armados no norte da Cisjordânia. Este foi o mais mortífero ataque israelense neste território desde 2005, ano em que a ONU começou a registrar mortes em incursões israelenses. 

Para o Exército israelense, estas operações respondem a um “aumento significativo de ataques terroristas” na Cisjordânia com “mais de 550 tentativas de ataques desde o início da guerra” contra o movimento islâmico Hamas, em 7 de outubro, em Gaza. 

(Com informações da AFP)

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