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Jornalista russa que denunciou invasão da Ucrânia ao vivo na TV descarta envenenamento

A jornalista russa Marina Ovsiannikova, conhecida por ter denunciado o ataque à Ucrânia ao vivo na televisão, afirmou sexta-feira (13) que análises médicas a que foi submetida não revelaram vestígios de envenenamento, após mal-estar súbito. A justiça da França, onde ela vive, decidiu no entanto iniciar uma investigação.

Promotoria de Paris abre investigação sobre a doença da jornalista russa Marina Ovsiannikova
Promotoria de Paris abre investigação sobre a doença da jornalista russa Marina Ovsiannikova AP - Christophe Ena
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Ovsiannikova disse que foi hospitalizada depois de se sentir “enjoada”. "Sinto-me muito melhor agora. A maioria dos testes foi feita. Nenhuma substância tóxica foi encontrada no meu sangue. Não há indício de envenenamento", escreveu ela no Telegram.

Uma investigação foi iniciada em Paris na quinta-feira (12) por “suspeita de envenenamento” da jornalista, que fugiu da Rússia em outubro de 2022, segundo fonte próxima ao caso.

A promotoria disse à AFP que ela “se sentiu mal ao sair de casa” e disse que “temia envenenamento”.

"Amigos, eu realmente fui ao hospital. Não falei com jornalistas e esperava poder manter a informação em sigilo", disse ela na sua mensagem nesta sexta-feira.

Ela alegou que nenhum “pó branco” suspeito foi encontrado na maçaneta de sua porta, ao contrário “do relatado por uma fonte anônima, repercutida por publicações respeitadas”.

Envenenamentos

“A deterioração do meu estado foi tão repentina que a polícia francesa decidiu investigar”, explicou, lembrando que o presidente russo, Vladimir Putin, é “há muito associado à guerra e ao envenenamento de figuras públicas, políticos e jornalistas”.

Em fevereiro passado, Marina Ovsiannikova disse que “temia pela sua vida” durante uma conferência de imprensa. “Quando converso com meus amigos na Rússia, eles me perguntam o que eu prefiro: novichok, polônio (substâncias mortais que os agentes russos são acusados ​​de usar, nota do editor) ou um acidente de carro?”.

Ela foi condenada na semana passada, à revelia, na Rússia, a oito anos e meio de prisão por criticar o exército russo.

A jornalista foi processada por “divulgar informações falsas” sobre as forças armadas russas. Ela foi multada por atos semelhantes em agosto de 2022.

(Com AFP)

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