Israel e Gaza: Brasil anuncia reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU
O Brasil, que atualmente ocupa a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), anunciou no sábado (07) que vai convocar “uma reunião de emergência” para tratar da situação em Israel e na Faixa de Gaza.
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“O governo brasileiro condena a série de tiroteios e ataques perpetrados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza”, afirmou o Itamaraty em comunicado, pedindo “a contenção máxima” das partes em conflito para “evitar a escalada da situação”.
Em nota publicada no site do ministério das Relações Exteriores e encaminhada à imprensa, o governo ainda expressou condolências aos familiares das vítimas e manifestou solidariedade ao povo de Israel.
Até o momento, não há informações sobre vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.
"O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz", destacou o texto.
298 mortos
De acordo com o último relatório de emergência, 100 pessoas foram mortas no lado israelense e a Cruz Vermelha relata “centenas de feridos”. Na tarde do dia 07, o ministério da Saúde do Hamas reportou 198 mortes em Gaza em ataques aéreos israelitas, lançados em retaliação à operação “Inundação de Al-Aqsa” realizada pela manhã pelo braço armado do movimento islâmico Hamas.
Falha de segurança
Israel impôs um bloqueio à Faixa de Gaza desde 2007 e o Estado hebreu também trancou o enclave costeiro palestino atrás de uma barreira de segurança, recorda o correspondente da RFI em Jerusalém, Sami Boukhelifa. Sua construção foi concluída em dezembro de 2021.
Israel até então contava com sua cúpula de ferro, o dispositivo antimíssil, para se proteger dos disparos de foguetes realizados por grupos armados palestinos a partir de Gaza.
O Estado judeu apresentou o seu “muro de ferro” há dois anos. Uma barreira de 65 km, repleta de centenas de câmeras, sensores, radares, 140 mil toneladas de ferro e aço, que também possui uma parte subterrânea. O seu objetivo, segundo o exército israelita era impedir a entrada de soldados do Hamas no território por meio de túneis.
Essa barreira custou mais de US$ 1 bilhão, estende-se mar adentro e também está ligada a um sistema de armas, controlado remotamente. Porém, na manhã deste sábado, o muro mostrou-se um verdadeiro fiasco, uma falha de segurança sem precedentes.
(Com informações da AFP)
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