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Navio carregado de trigo deixa porto ucraniano em direção ao Egito

Um navio carregado com 17.600 toneladas de trigo ucraniano zarpou do porto de Chornomorsk em direção ao Egito, nesta sexta-feira (22), segundo o ministro ucraniano da Infraestrutura, Oleksander Kubrakov.  Este é o segundo cargueiro a deixar o país nesta semana e visa driblar o bloqueio imposto pela Rússia no Mar Negro.

O navio Resilient Africa, com bandeira de Palau, navega ao longo do Estreito de Bósforo, passando por Istambul, em 22 de setembro de 2023.
O navio Resilient Africa, com bandeira de Palau, navega ao longo do Estreito de Bósforo, passando por Istambul, em 22 de setembro de 2023. AFP - YASIN AKGUL
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Moscou abandonou em julho um acordo que permitiu, durante 12 meses, a exportação pelo Mar Negro de produtos agrícolas ucranianos, essenciais para a economia do país e para a segurança alimentar mundial.

Em resposta ao fim do acordo e à ameaça russa de atacar os navios ucranianos, Kiev está testando uma nova rota marítima ao longo das costas da Romênia e Bulgária, países membros da Otan.

Na terça-feira, o ministro Kubrakov anunciou a saída de Chornomorsk de um navio com 3.000 toneladas de trigo. O ministro informou que o destino deste cargueiro, o 'Resilient Africa', é o continente asiático.

A Rússia não atacou este novo corredor marítimo, mas bombardeia com frequência as instalações de cereais dos portos ucranianos. 

Nesta sexta, a Ucrânia atacou com mísseis o quartel-general da frota russa no Mar Negro, no centro da cidade de Sebastopol, na península da Crimeia, informou o governador russo da região, Mikhail Razvojaiev. O ataque deixou um militar morto e provocou um incêndio, que ainda não foi controlado.

Kiev quer garantir o abastecimento da África, que depende da produção ucraniana. Ao mesmo tempo, pretende diminuir a influência russa no continente, após a promessa do presidente russo, Vladimir Putin, de fornecer trigo de maneira gratuita a vários países africanos.

Rússia e Ucrânia são duas grandes potências agrícolas, com produções fundamentais para a segurança alimentar global.

"Terror energético"

A Ucrânia afirmou nesta sexta-feira (22) que a Rússia retomou a campanha de "terror energético", com ataques a instalações essenciais para país, principalmente com a chegada do inverno no hesmisfério norte.

"A fase de terror energético começou", denunciou o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, durante um fórum econômico em Kiev. "Vemos isso com os primeiros ataques a subestações de energia regionais nas últimas duas semanas", disse Shmygal, citado pela agência Interfax-Ucrânia.

O primeiro-ministro destacou que a Ucrânia está melhor preparada que no inverno passado, quando os ataques russos contra instalações de energia elétricas deixaram milhões de pessoas sem luz ou calefação. "Estamos muito melhor preparados e mais fortes do que estávamos no ano passado. Mas com certeza o inverno será difícil", alertou.

A Rússia bombardeia quase todas as noites várias cidades ucranianas com mísseis e drones explosivos. Um ataque com mais de 40 mísseis de cruzeiro matou três pessoas na quinta-feira na cidade de Kherson (sul) e deixou vários feridos na capital Kiev.

A maioria dos projéteis foi abatida, mas alguns atingiram áreas civis, segundo as autoridades ucranianas.

(Com informações da AFP)

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