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China realiza exercícios militares próximos de Taiwan, afirma Taipei

Taiwan afirmou que detectou 68 aviões de guerra e dez navios chineses ao redor da ilha nesta quinta-feira (14), depois de denunciar esta semana que Pequim realiza treinamentos aéreos e marítimos no Pacífico ocidental.  

Piloto chinês participa de  exercícios em torno de Taiwan. A foto foi divulgada agência Xinhua News Agency
Piloto chinês participa de exercícios em torno de Taiwan. A foto foi divulgada agência Xinhua News Agency AP - Mei Shaoquan
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Pequim considera Taiwan como parte de seu território e intensificou a pressão militar e política sobre a ilha desde que Tsai Ing-wen foi eleita presidente e chegou ao poder em Taipei, em 2016.

 A quantidade de voos de aviões de guerra ao redor da ilha aumentou  desde que, no ano passado, Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, visitou Taiwan.

"Foram detectados 68 aviões do EPL e 10 navios da EPLN entre quarta-feira (13) e a manhã de quinta", disse o ministério da Defesa taiwanês em um comunicado, utilizando as siglas em referência ao Exército e à Marinha da China.

O ministério da Defesa taiwanês informou na quarta-feira que 35 aviões de combate chineses foram localizados ao redor da ilha e que algumas aeronaves se dirigiram ao Pacífico ocidental para realizar treinamentos marítimos e aéreos junto ao porta-aviões "Shandong".

As aeronaves, um conjunto de caças e drones, foram detectadas na manhã de quarta-feira, segundo as autoridades de Taipei.

O "Shandong", um dos porta-aviões em operação da frota chinesa, foi detectado na segunda-feira (11) a aproximadamente 60 milhas náuticas (110 quilômetros) ao sudeste de Taiwan, navegando em direção ao Pacífico ocidental, segundo Taipé.

O ministério da Defesa do Japão também disse na quarta-feira que sua Marinha detectou seis navios além do "Shandong" avançando a aproximadamente 650 quilômetros ao sul da ilha japonesa de Miyakojima, ao leste de Taiwan.

Também indicaram que detectaram aviões e helicópteros que aterrissaram e decolaram do "Shandong".

"Zona cinzenta"

Taipei advertiu que a China intensifica as atividades em uma "zona cinzenta" em torno da ilha e acusou Pequim de tentar aumentar as tensões regionais e a pressão sobre esse território, evitando ao mesmo tempo um conflito aberto.

As autoridades taiwanesas disseram na segunda-feira que descobriram 39 aviões militares, além de um porta-avião chinês, perto da ilha, logo depois que um destróier dos Estados Unidos e uma fragata do Canadá transitaram pelo estreito de Taiwan durante o último fim de semana.

Segundo Taiwan, 22 dos aviões detectados cruzaram a linha média do Estreito de Formosa, uma fronteira não oficial que separa a ilha da China continental. 

Pequim não emitiu nenhum comentário oficial sobre um exercício no Pacífico ocidental.

No entanto, o Comando Oriental do exército chinês, encarregado de organizar os exercícios perto de Taiwan, informou na quarta-feira que uma "unidade da aviação" realizou "recentemente" um treinamento em um raio de "milhares de quilômetros", sem mencionar Taiwan.

No sábado, um porta-voz militar chinês afirmou que as tropas estão em "alerta máximo permanente", depois da passagem do destróier americano "USS Ralph Johnson", e da fragata canadense "NCSM Ottawa" pelo estreito.

 A Marinha americana afirmou que a passagem dos dois navios "demonstra o compromisso dos Estados Unidos, de seus aliados e seus parceiros por uma região do Indo-Pacífico livre e aberta".

Com informações da AFP

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