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Ucrânia festeja 'Dia da Independência'; Noruega vai doar nova série de caças F-16 a Kiev

O presidente Volodymyr Zelensky homenageou nesta quinta-feira (24) o "povo livre" ucraniano por ocasião do Dia da Independência da Ucrânia. Kiev anunciou ainda ações na Crimeia. Depois da Dinamarca, a Noruega declarou que vai doar 16 caças F-16 para a Ucrânia, segundo a mídia norueguesa.

Imagem de ilustração: jatos F-16 de fabricação americana voam sobre a capital da Polônia (15/08/23).
Imagem de ilustração: jatos F-16 de fabricação americana voam sobre a capital da Polônia (15/08/23). © Czarek Sokolowski / AP
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"O grande povo da grande Ucrânia celebra hoje um grande dia: o Dia da Independência! A festa de um povo livre. A festa de pessoas fortes. A festa de pessoas dignas. A festa de pessoas iguais", afirmou Zelensky em um comunicado.

O presidente ucraniano agradeceu aos soldados, suas famílias, aos professores, médicos, enfermeiros e a todos que ajudam na "defesa da Ucrânia" contra a agressão russa.

"Todos que sobreviveram à ocupação são importantes", destacou. Quase 20% do território ucraniano está sob controle da Rússia, apesar das tentativas de Kiev de expulsar as tropas de Moscou das regiões leste e sul do país, em particular com uma contraofensiva iniciada em junho.

Em um comunicado, o comandante do exército ucraniano, Valeri Zaluzhny, enalteceu a Ucrânia, "país do povo orgulhoso, heroico e corajoso".

O diretor do serviço de inteligência militar ucraniano, Kyrylo Budanov, recordou no Telegram que a nação tem um "objetivo comum, que é vencer, e um sonho comum, o de construir um futuro independente, pacífico, seguro e próspero".

O diretor das forças de segurança do país, Vasyl Maliuk, afirmou que a Ucrânia "está de pé", apesar da invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.

Operações na Crimeia 

A Ucrânia afirmou ainda que realizou uma operação de comando na Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014 e considerada pelo Kremlin como um reduto, na qual matou soldados russos e hasteou a bandeira ucraniana.

"O inimigo sofreu perdas entre os seus homens, e equipamentos foram destruídos. E a bandeira nacional tremulou novamente na Crimeia ucraniana", disse a inteligência militar ucraniana no Telegram.

A mesma fonte especificou que unidades das forças especiais desembarcaram nas localidades de Olenivka e Mayak, no oeste da península, antes de partirem.

"Todos os objetivos e tarefas foram cumpridos. Ao final da operação especial, os defensores ucranianos deixaram o local sem perdas", completou a mesma fonte. Na véspera, o serviço secreto ucraniano assumiu a responsabilidade pela destruição de um sistema de mísseis na mesma área.

A Ucrânia prometeu libertar todo o seu território ocupado pela Rússia desde a invasão de fevereiro de 2022, assim como a Crimeia, anexada em 2014.

Caças da Noruega

A Noruega doará caças F-16 à Ucrânia, disseram três meios de comunicação noruegueses na quinta-feira, sem citar fonte, o que tornaria o reino escandinavo o terceiro país a se comprometer a entregar tais aeronaves a Kiev.

Nem o número, nem a possível data de entrega desses aviões foram especificados.

Contactado pela agência AFP, o ministério da Defesa norueguês não quis, através de um porta-voz, “nem confirmar nem negar” a informação. A notícia surgiu durante a visita surpresa do primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, a Kiev neste Dia da Independência da Ucrânia.

Oslo prometeu mísseis antiaéreos Iris-T, equipamento de desminagem e uma ajuda de 1,5 mil milhões de coroas (€ 130 milhões) para a compra de gás e eletricidade neste inverno, mas nada foi dito nesta fase sobre o possível fornecimento de caças.

Dos 57 F-16 noruegueses oficialmente colocados à venda, 32 já foram vendidos à Romênia e outros 12 foram vendidos ao grupo privado americano Draken International, sem ainda terem sido entregues.

Se as informações dos canais NRK e TV2 e do jornal Aftenposten forem confirmadas, a Noruega se tornaria o terceiro país a se comprometer a fornecer F-16 à Ucrânia, depois da Holanda e da Dinamarca.

Copenhague prometeu 19 aviões, enquanto Haia deveria fornecer, segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, 42 exemplares.

(Com AFP)

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