Fenômenos climáticos extremos na Ásia deixam mais de 60 mortos na China e paralisam sul do Japão
O Sul do Japão continua em alerta, nesta quarta-feira (9), para a passagem do tufão Khanun, provocando o cancelamento de voos e a suspensão de trens devido ao mau tempo. Depois de matar duas pessoas e causar grandes estragos no arquipélago de Okinawa, na semana passada, o tufão avança lentamente para a península coreana. Enquanto isso, na China, 33 pessoas morreram e 18 continuam desaparecidas em consequência das tempestades que atingiram Pequim nos últimos dias.
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Uma grande parte da Ásia vem sofrendo nos últimos dias com fenômenos meteorológicos extremos. O tufão Khanun segue em uma velocidade de cerca de 10 km/h em direção à Coreia do Sul, onde quase 80 voos foram cancelados e dezenas de estradas à beira mar foram fechadas, de acordo com informações do Ministério do Interior. As autoridades sul-coreanas preveem que o sistema ciclônico, atualmente localizado no mar ao sul da ilha de Kyushu, no sudoeste do arquipélago japonês, chegue nesta quinta-feira (10) ao porto de Tongyeong, antes de seguir para a península coreana.
Algumas áreas inundadas de Kyushu já receberam o equivalente a um mês de chuva durante a semana passada, avalia a JMA, a agência meteorológica japonesa, que emitiu uma série de alertas de chuva forte e rajadas de vento para muitas partes do sul e oeste do Japão.
O primeiro-ministro Fumio Kishida cancelou uma viagem a Nagasaki para a cerimônia em homenagem às vítimas do bombardeio atômico da cidade pelos americanos, em 9 de agosto de 1945.
Fabricantes de automóveis japoneses, como a Toyota e a Nissan, suspenderam a produção em algumas de suas indústrias por causa das tempestades.
Balanço de vítimas na China passa de 60
Inundações no sudoeste da China mataram pelo menos sete pessoas nesta quarta-feira na região montanhosa de Sichuan, informou a televisão estatal. Imagens transmitidas pelo canal CCTV mostram pessoas sendo arrastadas pela água.
As chuvas torrenciais que atingiram nos últimos dias o norte da China deixaram ao menos 62 mortos, anunciaram as autoridades nesta quarta-feira. Apenas na capital Pequim, 33 pessoas morreram e 18 seguem desaparecidas em consequência das tempestades, as mais intensas já registradas na cidade em 140 anos.
O número de mortos, em sua maioria vítimas de inundações e desabamentos de imóveis, é quase o triplo do balanço anterior. "Quero expressar minhas profundas condolências aos que morreram durante seu dever e às vítimas", afirmou o vice-prefeito de Pequim, Xia Linmao.
O tufão Doksuri, rebaixado a tempestade após atingir as Filipinas, varreu parte da China na semana passada, causando danos consideráveis em infraestruturas e alagamentos de grandes áreas.
Vários fenômenos meteorológicos extremos foram registrados na China nas últimas semanas, incluindo ondas de calor e fortes chuvas, que provocaram essas inundações no norte do país.
Na sexta-feira, o Ministério de Gestão de Emergências informou que 147 mortes ou desaparecimentos registrados no último mês foram provocadas por desastres naturais.
Nas últimas semanas, milhões de pessoas foram afetadas em todo o planeta por fenômenos meteorológicos extremos e ondas de calor, eventos intensificados pelas mudanças climáticas, segundo os cientistas.
(Com informações da AFP)
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