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Descarrilamento de trem deixa dezenas de mortos e mais de 50 feridos no Paquistão

Ao menos 28 pessoas morreram neste domingo (6) no descarrilamento de um trem no sul do Paquistão, país que é frequentemente palco de graves tragédias ferroviárias. Segundo o governo, há duas possibilidades para o acidente: um problema mecânico ou uma sabotagem. 

Oito vagões do trem Hazara Express saíram dos trilhos perto da cidade de Nawabshah, no sul do Paquistão, neste domingo, 6 de agosto de 2023.
Oito vagões do trem Hazara Express saíram dos trilhos perto da cidade de Nawabshah, no sul do Paquistão, neste domingo, 6 de agosto de 2023. AP - Pervez Masih
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O descarrilamento ocorreu na estação de trem Sahara, perto da cidade de Nawabshah, na província de Sindh. O trem Hazara Express fazia o trajeto entre Karachi, no sul, e Havelian, no norte do Paquistão. 

Segundo um diretor do sistema ferroviário do país, Mohsin Syal, oito vagões saíram dos trilhos. O trem transportava cerca de mil passageiros e, além das 28 vítimas fatais registradas até o final do dia, mais de 50 pessoas ficaram feridas no acidente.

Cenas de caos

Imagens divulgadas pela TV local mostraram alguns vagões ainda na vertical, mas fora dos trilhos. Outros estavam caídos de lado, com o aço da estrutura retorcido e deformado.

Dezenas de pessoas se aglomeraram no local da tragédia. Algumas tentavam quebrar as janelas dos vagões para permitir a saída dos passageiros, ainda trancados no trem. Carros, tratores e motos, dirigidos por civis, apoiavam os socorristas no transporte das vítimas ao hospital de Nawabshah. 

"Não sabemos o que ocorreu. Estávamos simplesmente sentados no interior do trem", testemunhou uma passageira, ainda sob choque. 

"Pode haver duas razões para este acidente, um problema mecânico ou sabotagem", disse o ministro das Ferrovias, Khawaja Saad Rafique, a repórteres no local. Segundo ele, uma investigação foi aberta para apurar as causas da tragédia.

33 horas de viagem

O Hazara Express faz um trajeto diário de 1.600 quilômetros entre a cidade portuária de Karachi, no sul do Paquistão, e Havelian, na província de Khyber Pakhtunkhwa, ao norte. A viagem dura cerca de 33 horas.

Os acidentes ferroviários são frequentes no Paquistão, cuja rede de 7.500 quilômetros é utilizada anualmente para o transporte de mais de 80 milhões de passageiros. O país herdou milhares de quilômetros de trilhos e trens da época colonial, sob o Império Britânico, cuja manutenção foi negligenciada ao longo dos anos.

O último acidente ferroviário grave data de pouco mais de dois anos. Em junho de 2021, ao menos 65 pessoas morreram e 150 ficaram feridas na colisão de dois trens, no sul do Paquistão. Em outubro de 2019, 75 passageiros morreram em um incêndio a bordo do expresso Tezgam. Em 2005, a colisão de dois trens em Ghotki, no leste, matou mais de cem pessoas.

(Com informações da AFP)

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