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Sete cidadãos franceses estão atualmente detidos no Irã; França denuncia "diplomacia de reféns"

Até agora, as autoridades francesas sabiam que o Irã detinha cinco cidadãos franceses ou franco-iranianos. Porém, neste sábado (12), a ministra das Relações Estrangeiras, Catherine Colonna, confirmou ao jornal Le Parisen que outros dois cidadãos franceses foram presos, elevando para sete o número de franceses detidos nas prisões da República Islâmica.

Catherine Colonna, ministra das Relações Exteriores da França, 18 de julho de 2022.
Catherine Colonna, ministra das Relações Exteriores da França, 18 de julho de 2022. © AFP / BENOIT TESSIER
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Catherine Colonna garante que seu ministério está mobilizado para libertá-los. Numa entrevista ao diário, a chefe da diplomacia francesa afirmou que atualmente há sete e não cinco franceses ou franco-iranianos detidos em prisões iranianas. E por “falsas razões”, acredita a ministra. Ela pede a libertação imediata e direitos de visita consular aos cidadãos franceses. Numa conversa com o seu homólogo iraniano, este teria assumido o compromisso de respeitar esse direito.

A chefe da diplomacia francesa lembra o Irã de suas obrigações internacionais e envia este aviso a Teerã. “Se o objetivo era chantagear, não deverá funcionar. Este é o caminho errado para a França”, diz Catherine Colonna. Ela denuncia essa “diplomacia de reféns”.

Entre os sete detidos estão o pesquisador franco-iraniano Fariba Adelkhah, preso em junho de 2019 e condenado a cinco anos de prisão por minar a segurança nacional, Benjamin Brière, preso em maio de 2020 e condenado a oito anos e oito meses de prisão por espionagem, e dois sindicalistas, Cécile Kohler e Jacques Paris, detidos em maio passado.

Vinte cidadãos ocidentais detidos

De acordo com informações publicadas na sexta-feira (11) pelo jornal Le Figaro, os dois cidadãos franceses já estão presos há vários meses, ou seja, antes do início das manifestações sem precedentes que abalam o Irã desde 16 de setembro.

Ao todo, mais de vinte cidadãos de países ocidentais, a maioria com dupla nacionalidade, estão detidos ou retidos no Irã. A França pediu aos seus cidadãos que deixem o país o mais rápido possível para não se exporem ao risco de detenção arbitrária.

Pelo menos 326 manifestantes foram mortos na repressão ao movimento de protesto que abala o Irã desde setembro, de acordo com o último balanço da Iran Human Rights, com sede em Oslo, divulgado neste sábado.

O Irã tem sido palco de protestos desde a morte de Mahsa Amini, uma curda-iraniana de 22 anos, presa três dias antes pela polícia de costumes por supostamente violar o rígido código de vestimenta da República Islâmica.

Ativistas convocaram novas manifestações no Irã para esta terça-feira (15), para marcar o 3º aniversário de um protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis, no qual dezenas de pessoas foram mortas.

(Com informações da AFP)

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