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Biden propõe pacto entre países do sudeste asiático para enfrentar "maiores problemas" da atualidade

Chefes de governo do Sudeste Asiático se reuniram, neste sábado (12), com líderes de outras partes do mundo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Phnom Penh, capital do Camboja. O americano, de 80 anos, que inicialmente confundiu o país e saudou a administração da Colômbia, falou sobre o início de um novo pacto entre os EUA e a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) como um passo crucial para resolver "os maiores problemas do nosso tempo".

O presidente dos EUA, Joe Biden, à esquerda, ouve o primeiro-ministro cambojano Hun Sen falar durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), sábado, 12 de novembro de 2022, em Phnom Penh, Camboja. (Foto AP/Alex Brandon)
O presidente dos EUA, Joe Biden, à esquerda, ouve o primeiro-ministro cambojano Hun Sen falar durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), sábado, 12 de novembro de 2022, em Phnom Penh, Camboja. (Foto AP/Alex Brandon) AP - Alex Brandon
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Em sua primeira visita à região como presidente, Joe Biden, reafirmou seu compromisso para uma parceria estratégica global no Indo-Pacífico. “Juntos, vamos enfrentar os maiores problemas do nosso tempo, do clima à segurança sanitária", declarou o democrata na abertura de uma reunião no Camboja com os líderes de 10 países. "Vamos construir um Indo-Pacífico livre e aberto, estável e próspero, resiliente e seguro", acrescentou.

Participam da reunião da ASEAN líderes como o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, e o presidente Sul-coreano Yoon Suk-yeol.

Este evento é o primeiro de uma série de reuniões que serão realizadas no Sudeste Asiático nos próximos sete dias que devem abordar temas globais sensíveis, como a guerra na Ucrânia, o clima e as tensões regionais sobre o Estreito de Taiwan, o Mar da China Meridional e os lançamentos de mísseis norte-coreanos.

Para observadores internacionais, a presença de Joe Biden no Camboja é um sinal de que os Estados Unidos buscam reafirmar o seu compromisso com a região, após um período de incerteza sob a presidência de Donald Trump e em um contexto em que a própria China tenta aumentar a sua influência. Nos últimos anos, Pequim vem intensificando a sua presença por meio do comércio, da diplomacia e de seu poderio militar, em uma região que considera como sua área de ingerência.

G20 se reúne em Bali a partir de segunda-feira

A reunião da ASEAN acontece antes de uma cúpula de líderes do G20, em Bali, na semana que vem. O presidente americano chegou à Ásia com a promessa de pedir ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, que contenha as "piores tendências" da Coreia do Norte, quando os dois se reunirem pela primeira vez pessoalmente, na segunda-feira (14), durante a cúpula do G20, na Indonésia, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan. Biden também dirá a Xi que se o acúmulo de mísseis e de armas nucleares da Coreia do Norte "continuar nesse caminho, isso significará um aumento da presença militar e de segurança dos Estados Unidos na região".

Durante as conversas da ASEAN, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, engrossou o coro dos países que pedem uma ação internacional conjunta para interromper o programa de mísseis de Pyongyang. Tóquio e Seul estão cada vez mais alarmadas com a recente série de lançamentos de mísseis, incluindo um míssil balístico intercontinental.

Conflito na Ucrânia

Neste sábado, o presidente norte-americano disse que as reuniões na Ásia também vão abordar a guerra "brutal" travada pela Rússia contra a Ucrânia e os esforços dos Estados Unidos para lidarem com o impacto global do conflito.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, participa destes encontros em nome do presidente Vladimir Putin. Lavrov argumentará que os Estados Unidos desestabilizam a região Ásia-Pacífico com sua política de confrontação, segundo a agência de notícias russa TASS.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, vai falar à distância na reunião do G20.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kouleba, pede aos seus dirigentes da ASEAN que condenem a invasão do país pela Rússia, alertando que a neutralidade não seria de seu interesse.

(com informações da AFP)

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