Mais de 200 baleias morrem encalhadas na Nova Zelândia
Cerca de 250 baleias-piloto, conhecidas também como golfinhos-piloto, morreram após ficarem encalhadas na ilha Chatham na Nova Zelândia, onde as equipes de conservação não conseguiram devolvê-las ao mar devido à presença ameaçadora de tubarões na região. A informação foi divulgada pelas autoridades locais neste sábado (8).
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As baleias-piloto foram vistas encalhadas na sexta-feira na porção noroeste desta ilha remota, indicou o Departamento de Conservação da Nova Zelândia.
"Na ilha Chatham não reflutuamos ativamente as baleias devido ao risco de ataques de tubarões a humanos e às próprias baleias", explicou o departamento em uma nota. Uma equipe formada especialmente para isso sacrificou os cetáceos sobreviventes, para evitar maior sofrimento aos animais, acrescentou o órgão.
"Todas as baleias-piloto encalhadas agora estão mortas, e seus corpos serão deixados 'in situ' para se decomporem de forma natural", informou o departamento.
Segundo o órgão neozelandês, os encalhamentos de baleias "não são incomuns" na ilha Chatham, situada cerca de 600 km a leste da Ilha Sul da Nova Zelândia. O recorde foi registrado em 1918, quando por volta de mil animais ficaram encalhados.
Os motivos que levam esses animais a morrerem encalhados não são totalmente conhecidos dos especialistas. Pesquisadores apontam para o fato de que alguns cetáceos se aproximam muito da costa para se alimentar, o que poderia estar na origem desses episódios. Os animais, que podem medir até seis metros, são espécies bastante sociáveis, que podem seguir membros do grupo e se perder.
Segundo dados oficiais das autoridades neozelandesas, cerca de 300 cetáceos ficam encalhados a cada ano nas costas do país. Em 2017, esse número chegou a 700.
Há pouco mais de duas semanas, quase 200 baleias-piloto também morreram após encalharem em uma praia da ilha da Tasmânia, no sudeste da Austrália.
(Com informações da AFP)
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