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Tribunal de Mianmar condena Aung San Suu Kyi a mais seis anos de prisão, desta vez por corrupção

A ex-dirigente birmanesa Aung San Suu Kyi, já condenada a 11 anos de prisão, foi sentenciada a uma pena adicional de seis anos de detenção por corrupção, informou à AFP uma fonte próxima ao caso. Processada por diversas infrações pela junta militar que governa o país desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021, ela pode ser condenada a décadas de prisão ao final de um extenso julgamento.

Processada por diversas infrações pela junta militar que governa o país desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021, Aung San Suu Kyi pode ser condenada a décadas de prisão ao final de um extenso julgamento. Naipyidaw, Mianmar, 28 de janeiro de 2019.
Processada por diversas infrações pela junta militar que governa o país desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021, Aung San Suu Kyi pode ser condenada a décadas de prisão ao final de um extenso julgamento. Naipyidaw, Mianmar, 28 de janeiro de 2019. REUTERS - Ann Wang
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Suu Kyi foi declarada culpada de quatro acusações de corrupção. Desde que foi detida, em 1º de fevereiro de 2021, após o golpe militar, a ex-governante permanece presa em um local desconhecido de Naipyidaw, a capital de Mianmar. Aung San Suu Kyi, de 77 anos, teria comparecido ao tribunal apresentando boa saúde e não fez comentários após a leitura da sentença, revelou a fonte.

O processo, que começou há um ano e acontece a portas fechadas, prosseguirá no local em que Suu Kyi está detida. Aung San Suu Kyi já passou 15 anos em prisão domiciliar, durante ditadura militar anterior. Desde fevereiro de 2021, ela foi acusada de violar diversas vezes a lei sobre segredos de Estado, de fraude na eleição de 2020 - vencida por seu partido -, sedição, corrupção, entre outras.

Muitos observadores denunciam esse procedimento como sendo motivado apenas por considerações políticas: excluir definitivamente Aung San Suu Kyi, filha do herói da independência e grande vencedora das eleições de 2015 e 2020, da arena política. Diversas pessoas próximas à vencedora do Prêmio Nobel de 1991 já foram condenados a penas pesadas.

Um ex-membro de seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND), foi executado em julho, juntamente com três outros ativistas pró-democracia condenados à morte. O exército tomou o poder pela força sob o pretexto de suposta fraude nas eleições do ano anterior, que foi esmagadoramente vencida pelo partido de Aung San Suu Kyi.

Eleições em 2023

Os militares birmaneses não parecem dispostos a ceder o poder e prosseguem com sua violenta repressão, embora prometam uma nova eleição para 2023. Mais de 2.000 civis morreram em ações violentas desde o golpe e mais de 11 mil estão detidos, de acordo com uma ONG local. O golpe encerrou uma década de período democrático no país.

(Com informações da AFP)

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