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Antes da Semana Santa, Papa faz visita surpresa aos sem-teto vacinados no Vaticano

O papa Francisco fez uma visita surpresa nesta sexta-feira (2) aos sem-teto e pessoas em situação precária em Roma, que estiveram no Vaticano para se vacinar contra a Covid-19. As fotos foram publicados no site da Santé Sé e mostram o pontífice, de 84 anos, cumprimentando os médicos, enfermeiros, voluntários e outros pacientes que vieram ser vacinados na clínica temporária, instalada na sala de audiência do Vaticano. 

O Papa Francisco, usando uma máscara, posa para uma fotografia com o pessoal médico na Sexta-feira Santa em um centro de vacinação no Salão Paulo VI, onde os pobres e desabrigados estão sendo vacinados, no Vaticano, em 2 de abril de 2021.
O Papa Francisco, usando uma máscara, posa para uma fotografia com o pessoal médico na Sexta-feira Santa em um centro de vacinação no Salão Paulo VI, onde os pobres e desabrigados estão sendo vacinados, no Vaticano, em 2 de abril de 2021. via REUTERS - VATICAN MEDIA
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Cerca de 800 pessoas consideradas vulneráveis já receberam gratuitamente a vacina, e outras 400 ainda devem recebê-la, segundo o Vaticano. O papa já foi imunizado e havia declarado que, assim como seu predecessor Bento XVI, de 93 anos, optar pela vacinação era uma escolha "ética", e apenas razões médicas justificariam uma recusa.

Desde a eleição do papa Francisco, o Vaticano criou estruturas para ajudar os sem-teto de Roma. A Santé Sé possui atualmente uma clínica, instalações sanitárias, cabelereiros e barbeiros. 

O papa Francisco também iniciou, na quinta-feira (1º), os ritos da Semana Santa com uma missa matinal na Basílica de São Pedro, no Vaticano, embora tenha renunciado ao rito tradicional do lava-pés.

Pelo segundo ano consecutivo, todos os eventos que marcam a morte de Jesus na cruz serão celebrados dentro do Vaticano, por conta da pandemia do coronavírus e sem a presença de multidões de fiéis como no passado.

Em nota, o Vaticano recorda que o drama da pandemia de coronavírus mudou o modo de celebrar em todo o mundo e destaca que, "como no ano passado", o rito do lava-pés será "omitido" devido às restrições impostas em muitos países.

Durante a chamada "missa crismal" da manhã da Quinta-feira Santa, em que os óleos a serem usados nos sacramentos são benzidos, o papa falou das "cruzes" que pesam sobre a humanidade e reconheceu que "vivemos numa época marcada por escândalos", e que é preciso rejeitá-los como "veneno".

Restrições sanitárias

Devido às restrições sanitárias impostas pela pandemia na Itália, as cerimônias litúrgicas acontecerão "com uma presença limitada de fiéis" no que diz respeito às medidas sanitárias previstas, especificou o Vaticano.

 Como no ano passado, o pontífice presidirá na Sexta-feira Santa a Via Crucis da Praça de São Pedro e não em torno do Coliseu à noite, como era tradição.

 A extraordinária e solitária imagem de Francisco no meio de uma Praça de São Pedro vazia se tornou um símbolo no ano passado da tragédia global desencadeada pela pandemia do coronavírus.

Este ano, segundo informou o assessor de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, as meditações da Sexta-feira Santa foram escritas por um grupo de crianças escoteiras da Úmbria (centro da Itália) e da paróquia romana dos Santos Mártires de Uganda.

As diferentes estações serão ilustradas pelos desenhos feitos por crianças que residem em alojamentos de Roma e que sofreram discriminação e humilhações.

No Domingo de Páscoa, 4 de abril, o papa dará a tradicional bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo) na basílica de São Pedro, durante a qual lança uma mensagem aos católicos e fala sobre os conflitos que flagelam o mundo.

(Com informações da AFP)

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