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Papa celebra missa de Ramos para poucos fiéis na Basílica de São Pedro

O papa Francisco celebrou neste domingo (28) a missa de Ramos, que marca o início da Semana Santa, e rezou o Angelus na presença de um número reduzido de fiéis na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

O papa Francisco carrega um galho de palma na missa do domingo de Ramos. Em 28 de março de 2021, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O papa Francisco carrega um galho de palma na missa do domingo de Ramos. Em 28 de março de 2021, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Giuseppe Lami Pool/AFP
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O pontífice recitou a homilia diante de 100 convidados e 30 religiosos, incluindo cardeais. A tradicional procissão com ramos de oliveira foi cancelada para cumprir as normas sanitárias. Francisco deu uma bênção à distância, do altar.

"Entramos na Semana Santa, pela segunda vez no contexto da pandemia”, lembrou o papa. “No ano passado, estávamos mais chocados, este ano estamos mais afetados. E a crise econômica está mais grave", acrescentou.

O pontífice, de 84 anos, acostumado a receber multidões, apertar a mão dos fiéis e beijar as crianças foi obrigado a reduzir significativamente suas aparições públicas, desde o início da pandemia. O papa, que já foi vacinado, também teve de cancelar várias audiências. Além disso, as medidas de confinamento impedem que os peregrinos se reúnam na praça de São Pedro.

Francisco pediu aos fiéis que "rezem por todas as vítimas da violência, especialmente pelas vítimas do atentado cometido na manhã deste domingo na Indonésia, diante da catedral de Makassar".

Atentado suicida deixa pelo menos 14 feridos    

Ao menos 14 pessoas ficaram feridas neste domingo (28) em um atentado suicida contra a catedral de Makassar, no leste da Indonésia, logo após a celebração da missa do Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa para os cristãos.

A forte explosão aconteceu do lado de fora da catedral do Sagrado Coração de Jesus, localizada na parte sul das ilhas Sulawesi, às 10h30 locais (0h30 de Brasília).

O presidente indonésio, Joko Widodo, "condenou com veemência o ato terrorista". "O terrorismo é um crime contra a humanidade", afirmou o chefe de Estado. "Faço um apelo a todos para que lutem contra o terrorismo e o radicalismo, que são contrários aos valores religiosos", completou.

De acordo com as autoridades do país, pelo menos um dos dois responsáveis pelo ataque morreu na explosão. "Duas pessoas circulavam em uma motocicleta quando aconteceu a explosão, perto da porta de entrada.

Os agressores tentavam entrar no complexo da catedral", disse o porta-voz da polícia, Argo Yuwono. "A moto ficou destruída e há restos mortais. Estamos tentando identificar os criminosos", completou.

Imagens exibidas pela televisão local mostram vários veículos atingidos pelos destroços nas proximidades da igreja, que foi isolada pela polícia.

 "A missa havia terminado e as pessoas estavam retornando para casa quando aconteceu a explosão", declarou o padre Willem Tulak. Ele disse que um paroquiano tentou impedir um "homem-bomba" de entrar na igreja.

Uma testemunha citou uma explosão "muito forte". "Havia muitas pessoas feridas em plena rua. Eu ajudei uma mulher coberta de sangue. O neto dela também ficou ferido", disse ela.

 

A polícia cerca a catedral de Makassar, na Indonésia, após o atentado suicida de 28 de março de 2021.
A polícia cerca a catedral de Makassar, na Indonésia, após o atentado suicida de 28 de março de 2021. Indra Abriyanto AFP

 

Alvos cristãos

O Domingo de Ramos marca a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, de acordo com a tradição cristã, e representa o início da Semana Santa. Não é a primeira vez que igrejas cristãs são alvos de ataques dos extremistas na Indonésia, país de maioria muçulmana mais populoso do mundo.

Em maio de 2018, uma família de seis pessoas - incluindo duas meninas de 9 e 12 anos e dois adolescentes de 16 e 18 - detonaram bombas contra três igrejas de Surabaya, a segunda maior cidade do arquipélago.

No mesmo dia, uma segunda família detonou, aparentemente por acidente, uma bomba em um apartamento. No dia seguinte uma terceira família cometeu um ataque suicida contra uma delegacia.

Os atentados, que deixaram 15 vítimas fatais e 13 mortos entre os criminosos - incluindo cinco crianças - foram os mais violentos executados no arquipélago em uma década.

As três famílias radicalizadas estavam vinculadas ao movimento extremista Jamaah Ansharut Daulah (JAD), que apoia o grupo Estado islâmico (EI). Os ataques foram reivindicados pelo EI.

Em 2002, mais de 200 pessoas morreram em atentados na ilha de Bali atribuídos ao grupo islamita indonésio Jemaah Islamiyah (JI).

(Com informações da AFP)

 

 

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