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Boeing/acidente

Depois de acidentes, Boeing apresenta correção do sistema do 737-MAX

Para apresentar a correção do sistema de estabilização do modelo 737-MAX, suspeito de ter provocado o acidente com o voo da Ethiopian Airlines, no dia 10 de março, a Boeing convidou mais de 200 pilotos, dirigentes e reguladores do tráfego aéreo para uma reunião de informação na quarta-feira (27) na sede do grupo, na cidade de Renton, no estado de Washington.

Está sendo estudada versão corrigida do sistema de estabilização do Boeing 737 MAX
Está sendo estudada versão corrigida do sistema de estabilização do Boeing 737 MAX REUTERS/Willy Kurniawan/File Photo
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A reunião indica que a atualização do MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System), sistema que protege a aeronave da perda de sustentação, está corrigida. Agora, ela deve ser apresentada para a agência federal americana de aviação civil (FAA).

Equipes de três companhias aéreas americanas que adquiriram o avião participaram no sábado da reunião para examinar a atualização do programa.

A Boeing também pretende apresentar seu plano de treinamento para os pilotos. Todos os voos com o 737-MAX foram interrompidos desde a catástrofe aérea da companhia etíope.

Segundo Yohannes Hailemariam, vice-presidente das operações aéreas da Ethiopian Airlines, depois do acidente, os pilotos constataram que o sistema do 737-MAX era “radical”, ou seja, "envia uma mensagem de perda de sustentação e toma medidas imediatas mais rápidas do que aquelas que o Boeing tinha solicitado aos pilotos".

A FAA deu a Boeing um prazo até abril para fazer os ajustes necessários no sistema de estabilização de voo MCAS, que esteve envolvido no acidente da Lion Air em outubro passado.

Os acidentes com as aeronaves da Lion Air, na Indonésia, e da Ethiopian Airlines, em março, deixaram um total de 346 mortos e geraram preocupação em relação à segurança da certificação do modelo 737 MAX 8.

Perda de confiança

A empresa Garuda Indonesia, que tinha anunciado na sexta-feira (22) sua intenção de cancelar sua encomenda de 49 aparelhos do modelo 737 MAX, alegando perda de confiança dos passageiros depois dos acidentes, foi convidada para a reunião, segundo o CEO da companhia, Ari Askhara. “Fomos informados na sexta-feira, mas, por conta do prazo curto, não poderemos enviar um piloto para participar do encontro”, declarou.

Um porta-voz da Boeing declarou que a reunião de quarta-feira (27) integra uma série de sessões de informação que devem ser acompanhadas pessoalmente pelos pilotos. Novas reuniões serão organizadas e planificadas para comunicar a atualização do sistema com os atuais clientes e futuros operadores do modelo MAX.

O diretor-geral da Lion Air, Daniel Putut, declarou ter sido informado da reunião pela Boeing, mas afirmou que não participaria do encontro. A empresa Singapura Airlines anunciou que sua filial SilkAir estará presente. Os representantes da Autoridade da Aviação estarão presentes, declarou um porta-voz da agência.

O 737-MAX era o avião mais vendido da Boeing. Segundo a empresa, 5 mil unidades foram comercializadas em todo o mundo e 376 foram entregues até o momento. As encomendas totalizavam € 500 bilhões.

 

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