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Síria/Aleppo

Evacuação de Aleppo possibilita retirada de mais 4500 pessoas

Um comboio de 21 ônibus transportando moradores do leste de Aleppo chegou nesta segunda-feira (19) de manhã a Al Rachidine, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Outros dez veículos, com civis, deixaram as localidades xiitas de Al Foua e de Kefräia, sitiadas pelos rebeldes, de acordo com a organização.

Comboio de ônibus deixa Aleppo
Comboio de ônibus deixa Aleppo (Foto: Reuters)
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Cerca de 4500 civis puderam deixar o local. Os dois vilarejos estão situados na província de Idlib, no noroeste da Síria. A evacuação deles era uma condição para que civis e opositores pudessem deixar o leste de Aleppo depois do acordo assinado entre o regime de Bashar al-Assad e os rebeldes. Na noite deste domingo, 350 pessoas conseguiram deixar Aleppo, mas a operação teve que ser interrompida por conta de incidentes em Al Foua e Kefraya, onde vários ônibus foram incendiados.

A situação humanitária na cidade é a grande preocupação das ONGs. Falta comida e estrutura para atender os feridos, já que diversos hospitais foram destruídos. Mais de 40 mil civis ainda estão bloqueados na cidade.

ONU vota resolução para envio de observadores

O Conselho de Segurança da ONU deve votar nesta segunda-feira um novo projeto de resolução que propõe enviar observadores a Aleppo. Uma nova versão do texto, proposto pela França, leva em conta as observações dos russos. Moscou ameaçou vetar a proposta francesa caso ela fosse aprovada.

O embaixador francês François Delattre indicou que os 15 membros do Conselho conseguiram chegar a um acordo sobre um texto "baseado exatamente" no projeto da França, que propõe o envio de observadores internacionais para monitorar a retirada dos civis de Aleppo e a sua segurança.

“É a primeira vez, em meses, depois da "coleção" de vetos que tivemos, que o Conselho de Segurança está de acordo, quer dizer, estaria de acordo, ainda uso o condicional, sobre o texto de uma resolução a respeito de uma questão essencial, que é Aleppo", disse. "Teremos muitos meios e uma vontade comum para evitar que se reproduza uma Srebrenica em Aleppo . Ou seja, uma situação onde depois das operações militares maiores, as milícias locais, têm, de uma certa maneira, "carta branca"para concretizar seus crimes, em condições que podem ser comparadas a atrocidades em massa", declarou.

Votação unânime é esperada

Segundo o embaixador, os observadores precisam de autorização do governo sírio para trabalhar. Seu colega russo, Vitali Churkin, estimou que se trata de "um bom texto", e disse que a votação acontecerá nesta manhã. De acordo com a embaixadora americana, Samantha Power, o projeto "contém todos os elementos essenciais que permitem a supervisão da ONU". Ela disse que é esperada "uma votação unânime".

 

 

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