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Aliados se reúnem em Paris para discutir crise na Síria

Uma dezena de países ocidentais e árabes envolvidos na busca de uma solução política para a crise síria se reuniram na noite desta segunda-feira (14) em Paris para fazer um balanço da evolução do processo. A possível transição política na Síria, em guerra desde 2011, estava entre os temas abordados. 

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius (e), recebeu o chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, e os demais aliados ocidentais e árabes para discutir a crise síria.
O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius (e), recebeu o chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, e os demais aliados ocidentais e árabes para discutir a crise síria. REUTERS/Mandel Ngan/Pool
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O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, recebeu no final do dia seus colegas dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Itália, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Catar e Turquia.

O representante de Washington, John Kerry, presente no encontro, discutiu com os ministros do Catar e da Jordânia. Amã é encarregada de fazer uma lista de grupos terroristas que deveriam ser excluídos do processo de negociações. O tema é extremamente sensível, já que não há consenso entre os participantes sírios sobre a natureza "terrorista" ou não dos diferentes grupos que combatem na Síria.

De Paris, Kerry seguiu para Moscou, onde deve tratar do tema sírio com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. Washington e Moscou devem decidir sobre a organização - provável, mas ainda a ser confirmada - de uma nova reunião internacional em 18 de dezembro, em Nova York, entre países que apoiam a oposição e os aliados do regime sírio, Rússia e Irã. “Os russos indicaram que querem falar de alguns detalhes que farão parte das discussões" da terça-feira, em Moscou, indicou um alto funcionário do Departamento de Estado norte-americano. 

Eleição na Síria dentro de 18 meses é um dos objetivos

A próxima reunião do grupo, em Nova York, se inscreve no processo denominado de "Viena", no qual 17 países, incluindo os aliados russos e iranianos de Bashar al-Assad, concordaram em novembro passado, pela primeira vez, com um roteiro político para a Síria. O processo prevê ainda uma reunião no início de janeiro de representantes da oposição síria e do regime, a formação no prazo de seis meses de um governo de transição e a organização de eleições dentro de 18 meses. "Queremos agir rapidamente para fixar o quadro com uma resolução do Conselho de Segurança da ONU", que poderia ser apresentado na sequência da reunião de Nova York, indicou a fonte diplomática.

Durante a reunião desta segunda-feira, os ministros também fizeram um balanço da reunião de Riad, que, pela primeira vez na semana passada, resultou na elaboração de um programa incluindo os principais grupos da oposição armada e política síria. Embora ainda existam muitas incógnitas, incluindo a participação no processo do poderoso grupo armado salafista Ahrar al-Sham, este encontro da capital saudita foi um evento "importante" e marcou uma "aproximação real entre a oposição armada e a oposição política", de acordo com a fonte diplomática, que preferiu não se identificar.

Uma delegação de quinze opositores poderia ser designada até o início da próxima semana e enviada a negociar com o regime de Damasco.

(Com informações da AFP)
 

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