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Irã/Política

Sanções contra o Irã poderão ser retiradas em 2016, diz chanceler britânico

Durante visita a Teerã, o chanceler britânico, Philip Hammond, estimou que as sanções econômicas contra o regime iraniano poderão começar a ser retiradas no primeiro semestre de 2016. Depois da Grã-Bretanha reabrir sua embaixada no país, a Alemanha também mostra disposição de estreitar os laços políticos e econômicos com o Irã.

O chanceler britânico Philip Hammond durante encontro com o presidente iraniano Hassan Rohani em Teerã, em 24 de agosto de 2015.
O chanceler britânico Philip Hammond durante encontro com o presidente iraniano Hassan Rohani em Teerã, em 24 de agosto de 2015. REUTERS/Darren Staples
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Em seu segundo dia de visita ao Irã, o ministro britânico das Relações Exteriores afirmou que as sanções aplicadas contra o Irã deverão ser retiradas gradualmente assim que o acordo sobre o programa nuclear for aprovado pelo regime iraniano e pelo Congresso americano. As medidas sufocam a economia iraniana e contribuem para isolar o país.

Por outro lado, as negociações comerciais poderão ter início "bem antes" da retirada definitiva das sanções, indicou o chanceler em declarações feitas à agência Reuters. No entanto, Hammond disse ser necessário fazer um "trabalho preparatório" para agilizar a retomada dos investimentos estrangeiros no Irã.

Reabertura das respectivas embaixadas

No domingo, primeiro dia de sua visita a Teerã, Hammond participou da reabertura da embaixada da Grã-Bretanha em Teerã. A representação diplomática ficou fechada durante quatro anos, após uma invasão de partidários do ex-presidente Mahmud Ahmadinejad em sinal de protesto pelas sanções contra o país.

Em gesto recíproco, o Irã também reabriu sua representação diplomática em Londres. Hammond reconheceu que a Grã-Bretanha mantém "desacordos profundos" com o regime iraniano, e a reabertura das duas embaixadas representa um meio de "restabelecer a confiança" mútua.

Acordo retira Irã do isolamento

Nesta segunda-feira, o chanceler se reuniu com o atual presidente iraniano, Hassan Rohani. Segundo a agência oficial Irna, depois do encontro, Rohani declarou que as grandes potências mundiais que assinaram o acordo com o Irã "vão perceber no futuro que o diálogo e não o confronto com o país foi a melhor abordagem".

"Nós estimamos que o acordo é o início de um movimento visando criar melhores condições para as relações regionais e internacionais", disse o líder.

O acordo, assinado em 14 de julho, prevê compromissos e garantias de Teerã de que as atividades nucleares do país são para fins civis. Em troca, haverá uma retirada gradual de sanções econômicas em vigor contra o país desde 2006.

Alemanha também se aproxima do Irã

Durante uma conferência internacional em Berlim nesta segunda-feira, o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, anunciou sua intenção de visitar o Irã no mês de outubro.

O ministro da Economia e vice-chanceler da Alemanha, Sigmar Gabriel, foi o primeiro representante de alto escalão de uma potência ocidental a visitar o Irã, depois da conclusão do acordo.

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