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Israel

Em troca de exílio, Israel promete libertar preso palestino em greve de fome

O governo israelense disse estar disposto a libertar Mohammed Allan, o prisioneiro palestino em greve de fome que se tornou um símbolo da luta contra a detenção sem acusação, caso ele concorde em deixar o país. O advogado de Mohammed Allan, que havia pedido a libertação por razões médicas, imediatamente rejeitou a proposta feita durante uma audiência do Supremo Tribunal, que deve se reunir novamente na quarta-feira (19).

Palestina segura cartaz com a imagem de Mohammed Allan na Faixa de Gaza, em foto de 14 de agosto de 2015.
Palestina segura cartaz com a imagem de Mohammed Allan na Faixa de Gaza, em foto de 14 de agosto de 2015. REUTERS/Mohamad Torokman
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"O Estado está pronto para considerar (a) libertação (...) se ele concordar em ir para o exterior por um período de pelo menos quatro anos", declarou o Ministério da Justiça israelense em comunicado durante a audiência. "Rejeitamos categoricamente esta proposta", disse à AFP seu advogado Jamil al-Khatib.

Allan, de 31 anos e suposto partidário da Jihad Islâmica, organização considerada terrorista por Israel, é um advogado de Nablus, na Cisjordânia ocupada. Ele está detido desde novembro de 2014. Ele iniciou uma greve de fome em 18 de junho, para protestar contra sua detenção administrativa, uma medida extrajudicial renovável indefinidamente a cada seis meses e que permite a Israel prender alguém sem julgamento ou acusação.

Caso emblemático

Ele entrou em coma na sexta-feira depois beber água sem suplemento e ter recusar qualquer tratamento. O destino de Allan, praticamente desconhecido há algumas semanas, mobiliza a opinião pública palestina. Desde que ele perdeu a consciência, médicos israelenses colocaram-no em respirador artificial e administraram água com minerais e vitaminas para mantê-lo vivo.

Um médico do hospital Ashkelon, onde esta internado, afirmou à justiça que ele não parecia ter sofrido danos irreparáveis, mas que provavelmente não sobreviveria se retomasse sua greve de fome. "Ele sucumbirá rapidamente", disse o médico.

No final de julho, o caso de Mohammed Allan virou emblemático depois que o Parlamento israelense aprovou uma lei que autoriza a alimentação forçada de prisioneiros em greve de fome caso sua vida esteja ameaçada. É possível que Allan torne-se o primeiro a receber esse tratamento controverso.

Com informações da AFP

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