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Coalizão/terrorismo

Grupos ligados à Al-Qaeda defendem união de jihadistas contra coalizão

Extremistas radicais dos braços da rede Al-Qaeda no norte da África (Aqmi) e no Iêmen (Aqpa) lançaram um apelo aos jihadistas no Iraque e na Síria para se unirem contra a coalizão criada para combater o grupo Estado Islâmico (EI). O pedido foi feito através de um comunicado comum publicado nesta terça-feira (16) na internet.

Integrantes do grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante desfilam na cidade de Tel Abyad, em 2 de janeiro de 2014.
Integrantes do grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante desfilam na cidade de Tel Abyad, em 2 de janeiro de 2014. REUTERS/Yaser Al-Khodor
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No documento inédito, os dois grupos pedem que seus "irmãos mujahidines no Iraque e no Levante parem de se agredir mutuamente e se unam contra a campanha dos Estados Unidos e de sua coalizão diabólica que nos ameaçam a todos".

O texto se refere às divergências entre o grupo Estado Islâmico e o Front Al-Nosra. O EI se distanciou da rede Al-Qaeda e proclamou um califado (Estado Islâmico) em um território entre o Iraque e a Síria, enquanto o Front Al-Nosra continuou fiel ao chefe da organização, Ayman Al-Zawahiri.

"Façam de vossa rejeição à descrença um fator de unidade", escreveram as duas facções no documento. A Al-Qaeda do Magreb Islâmico (Aqmi) e a Al-Qeda da Península Arábica (Aqpa - fusão da facções saudita e iemenita da organização) se mantiveram fiéis à al-Zawahiri, que é muito crítico ao grupo Estado Islâmico.

O apelo também é dirigido à oposição moderada na Síria que luta para derrubar o regime de Bashar Al-Assad e é apoiada pelos Estados Unidos e países árabes aliados. No comunicado, a Aqmi e a Aqpa chamam a atenção de "todos aqueles que pegam em armas contra o tirano Bashar (Al-Assad) e suas milícias para não serem enganados pelos Estados Unidos e não se tornarem suas marionetes".

Facções prometem "dias negros" para coalizão

Os dois braços armados da Al-Qaeda também pedem que as tribos sunitas no Iraque e na Síria não esqueçam dos crimes cometidos pelos americanos, e que não façam parte da coalizão criada para combater o EI. O governo dos Estados Unidos tenta formar uma ampla coalizão, com a participação dos países árabes, para destruir os jihadistas que controlam parte do território iraquiano e sírio.

Os dois grupos pedem que os muçulmanos, especialmente os da Península arábica, proíbam seus soldados de participar na guerra anunciada contra os jihadistas do EI. Eles tentam mobilizar os muçulmanos para evitar o que consideram "uma guerra contra o Islã", embora seja qualificada de combate ao terrorismo.

As duas facções da Al-Qaeda prometem "dias negros" contra a coalizão formada para lutar contra o Estado islâmico.

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