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Rússia/Ucrânia

Putin sugere criação de um novo Estado no leste da Ucrânia

Apesar da tensão crescente entre a Europa, a Rússia e os EUA, o presidente Vladimir Putin declarou neste domingo (31) que a questão da criação de um Estado deve ser abordada nas discussões sobre o fim do conflito no leste da Ucrânia. Neste sábado, os dirigentes europeus deram uma semana para os russos mudarem de posição política antes da adoção de novas sanções contra o país.

O presidente Vladimir Putin defendeu a criação de um Estado no leste da Ucrânia
O presidente Vladimir Putin defendeu a criação de um Estado no leste da Ucrânia (Foto: Reuters)
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Esta é a primeira vez que o presidente russo fala abertamente sobre essa solução para acabar com os combates entre separatistas pró-russos e as tropas do governo ucraniano. Até agora, ele havia sugerido apenas que as regiões orientais da Ucrânia tivessem mais autonomia dentro de um sistema federal menos centralizado. A proposta chegou a receber o apoio de alguns países europeus.

"Devemos começar a discutir imediatamente essas questões relativas à organização política da sociedade e a criação de um Estado no sudeste da Ucrânia, que protegerá os interesses legítimos das pessoas que vivem na região", disse Putin em um programa de TV neste domingo. Ele não falou sobre a ameaça de novas sanções contra Moscou feitas pelos países ocidentais, que acusam a Rússia de enviar tropas para a Ucrânia em apoio aos rebeldes.

Membros da UE dão uma semana para Rússia

Reunidos neste sábado (30) em Bruxelas em uma Cúpula extraordinária, os dirigentes da União Europeia deram uma semana para que a Rússia adotasse uma nova posição em relação à Ucrânia. Caso contrário, novas sanções econômicas serão adotadas contra o país.

A Comissão Europeia foi encarregada de preparar "com urgência" as novas medidas que poderão ser aplicadas em breve. A União Europeia exige que a Rússia retire todas suas tropas do país. A Alemanha defende a adoção de sanções antes de quarta-feira, quando acontece a Cúpula da OTAN no País de Gales.

Os Estados Unidos elogiaram a decisão europeia. Segundo a porta-voz da Segurança Nacional, Caitlin Hayden, o país trabalha junto aos europeus para "responsabilizar a Rússia pelas ações ilegais na Ucrânia." Antes da reunião da OTAN, o presidente americano Barack Obama fará uma escala na Estônia para alertar o chefe de estado russo sobre o risco geopolítico de uma interferência militar no país.

Mas Vladimir Putin declarou hoje que os países ocidentais eram os responsáveis pela crise ucraniana, "porque apoiaram os protestos em fevereiro que resultaram no golpe de estado contra o presidente pró-russo Viktor Ianoukovitch". Moscou desmente o envio de soldados na Ucrânia para apoiar a rebelião pró-russa.

Separatistas estariam preparando nova ofensiva

Os separatistas pró-russos estariam preparando um nova ofensiva no leste da Ucrânia. O responsável separatista, Alexeï Mozgovoi afirmou neste sábado que os rebeldes controlavam cerca de 50% do território das regiões de Donetsk e Lougansk. Os novos ataques visam principalmente o porto estratégico de Mariopoul, a 100 quilômetros de Donetsk, que liga a fronteira russa à península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia.
 

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