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Dia dos Trabalhadores

Distúrbios marcam manifestações de 1° de maio na Turquia

O Dia dos Trabalhadores é comemorado nesta quinta-feira (1) ao redor do mundo com passeatas e manifestações. Em alguns lugares isso acontece em um contexto de tensão política e social. Em Istambul, na Turquia, centenas de manifestantes enfrentaram a polícia na emblemática praça Taksim. No Camboja, a polícia espancou trabalhadores do setor têxtil que protestavam contra o salário miserável de US$ 100 por mês.

Tropas de choque turcas lançam bombas de gás lacrimogênio e jatos d'água contra manifestantes que tentaram se aproximar da praça Taksim.
Tropas de choque turcas lançam bombas de gás lacrimogênio e jatos d'água contra manifestantes que tentaram se aproximar da praça Taksim. REUTERS/Umit Bektas
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As manifestações na praça Taksim, no centro de Istambul, foram proibidas desde que o local se tornou um símbolo de contestação ao governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan. O premiê tinha advertido os manifestantes que eles deveriam se reunir em outros locais da cidade, não na praça.

A mídia turca afirma que 40 mil soldados foram enviados ao centro da cidade e bairros vizinhos para bloquear o acesso à praça. A polícia dispersou os manifestantes com jatos d'água e bombas de gás lacrimogênio. A ação das tropas de choque provocou o fechamento de estações de metrô.

Trabalhadores espancados no Camboja

No Camboja, as manifestações do Dia do Trabalhadores também terminaram em violência. Os sindicatos da indústria têxtil convocaram um protesto para denunciar o salário miserável de US$ 100 dólares por mês pago a 650 mil trabalhadores do setor.

Os manifestantes tentaram chegar até a sede do governo, na capital Phnom Penh, mas foram dispersados pelos policiais com golpes de bastão e matracas. Vários trabalhadores foram violentamente espancados, provocando indignação do presidente do sindicato dos têxteis.

Em várias regiões da Ásia - Coreia do Sul, Hong Kong, Cingapura, Taiwan - aconteceram protestos de trabalhadores contra o elevado custo de vida e principalmente dos imóveis, que tem acentuado as desigualdades.

Rússia: apoio a Putin

Na Rússia, 100 mil pessoas desfilaram na praça Vermelha, em Moscou, renovando uma tradição da antiga União Soviética. Os russos demonstraram apoio ao presidente Vladimir Putin e ao patriotismo velha-guarda que ele tem manifestado na crise ucraniana.

Os países do sul da Europa estarão na linha de frente das manifestações deste 1° de maio. Com um índice de desemprego recorde, a Espanha terá manifestações em Madri e mais de 70 outras cidades. Gregos e italianos também vão às ruas.

Os trabalhadores portugueses ganharam ontem mais uma razão para manifestar. O governo anunciou aumentos de impostos para o próximo ano que devem achatar os salários e frear o consumo em Portugal.

Sindicatos franceses desunidos

Na França, mais de 300 manifestações estão previstas em todo o país. As duas principais centrais sindicais francesas, CGT e CFDT, vão desfilar separadamente pelo segundo ano consecutivo. A primeira protesta contra o plano de austeridade anunciado pelo primeiro-ministro Manuel Valls. Já a segunda terá como tema principal de sua passeata a Europa, a pouco mais de três semanas das eleições europeias.

O partido de extrema-direita Frente Nacional realizou nesta manhã seu tradicional desfile em homenagem a Joana d'Arc, em Paris. A líder Marine Le Pen fez do evento uma verdadeira demonstração de força. Ela procurou mobilizar seus seguidores para as eleições europeias de 25 de maio. Aproveitando a baixa popularidade do governo socialista de François Hollande, e impulsionada pelo sucesso nas municipais de março, ela espera que seu partido chegue em primeiro lugar no próximo pleito.

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