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Egito/Crise política

Conselheiro de Mursi denuncia golpe militar no Egito

O conselheiro para a segurança nacional do presidente Mohamed Mursi, Essam al-Haddad, denunciou nesta quarta-feira um "golpe de Estado militar" após a expiração de um ultimato do exército e a proibição feita a vários líderes da Irmandade Muçulmana, incluindo Mursi, de sair do Egito. Tanques do exército foram posicionados perto de uma manifestação de muçulmanos partidários de Mursi no Cairo.

Opositores pedem a demissão do presidente egípcio Mohamed Mursi em manifestação no Cairo nesta quarta-feira, 3 de julho de 2013.
Opositores pedem a demissão do presidente egípcio Mohamed Mursi em manifestação no Cairo nesta quarta-feira, 3 de julho de 2013. Reuters
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"No interesse do Egito e para a precisão histórica, devemos chamar o que está acontecendo com o seu verdadeiro nome: um golpe de Estado militar", declarou Essam al-Haddad em um comunicado publicado no Facebook, pouco após o fim do prazo estabelecido por um ultimato do exército exigindo que o presidente Mursi atenda "as reivindicações do povo".

Os opositores do presidente islâmico se reuniram em massa nesta quarta-feira em várias cidades do país para pedir sua demissão no momento em que o prazo do ultimato chegou ao fim.

Na segunda-feira, os militares haviam dado 48 horas ao chefe de Estado para "satisfazer as reivindicações do povo", sob pena de receber um plano redigido pelo exército que prevê, segundo a imprensa, uma suspensão da Constituição e um governo de transição.

Mursi, acusado por seus detratores de ter concentrado todos os poderes em benefício da Irmandade Muçulmana, o grupo conservador islâmico do qual faz parte, se recusou categoricamente a deixar o cargo, argumentando que sua eleição democrática lhe confere "legitimidade". Ele rejeitou o ultimado do exército, afirmando que não vai obedecer a nenhuma ordem.

Antes do fim do prazo estabelecido no ultimato, o chefe do exército egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, estava realizando uma série de reuniões com o representante da oposição, Mohammed ElBaradei, e chefes religiosos, além de líderes dos movimentos de jovens.

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