Forças militares francesas voltam a bombardear o norte do Mali

Moradores da cidade de Gao, no norte do Mali testemunham que explosões foram ouvidas durante a madrugada, provocadas por novos bombardeios efetuados por aviões franceses. O norte do país africano é palco, há extamente um mês, dos confrontos entre forças militares francesas e exércitos locais contra rebeldes islâmicos.

Soldado frances patrulhando nas ruas de Gao REUTERS/Francois Rihouay

A explosão levantou suspeitas de um possível terceiro atentado suicida na cidade de Gao. O mesmo local já tinha sido alvo de ataques neste fim de semana, reinvindicados pelos rebeldes islâmicos do grupo Mujao. Nas duas ocasiões, kamikazes, armados com cintos de explosivos, efetuaram as explosões que feriram dezenas de militares malineses.

O ataque suicida do posto de controle permitiu que os rebeldes infiltrassem a cidade de Gao e atacassem os soldados locais, que faziam a patrulha pelas principais ruas. Moradores relatam a ocorrência de tiroteios no subúrbio de Gao, entre militares e rebeldes. Autoridades da França e do Mali temem que franco-atiradores tenham se instalado em algumas residências de Gao.

Segundo o porta-voz do grupo Mujao, Abou Walid Sahraoui, os "combates continuarão, até que a cidade seja retomada pelos rebeldes". O grupo, além de reivindicar os ataques suicidas do fim de semana, prometeu retomar as batalhas para recuperar terrenos no norte do Mali.

O ministro das relações exteriores francês, Laurent Fabius, reconheceu que, mesmo após os avanços das tropas francesas, Gao não é mais uma cidade segura.