Ação militante gera novas tensões entre Japão e China nas ilhas disputadas
Apesar dos protestos do governo chinês, uma flotilha de 20 barcos japoneses, com militantes nacionalistas a bordo, partiu na noite deste sábado em direção às ilhas disputadas entre a China, o Japão e Taiwan, para homenagear as vítimas da Segunda Guerra Mundial.
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O governo chinês já havia protestado oficialmente contra a ação dos militantes nacionalistas, exigindo que a "soberania chinesa fosse respeitada" na região. As ilhas de Sensaku, palco de disputas territoriais desde o fim da Segunda Guerra, são alvo constante de tensões diplomáticas entre os dois países.
O incidente mais recente aconteceu na última quinta-feira: 14 militante, que içaram uma bandeira chinesa na ilha, foram presos pela polícia japonesa e expulsos do território, gerando protestos das autoridades chinesas. Para a ação, eles escolheram 15 de agosto, data da capitulação do Japão em 1945.
Os 150 membros da Flotilha, entre eles diversos parlamentares, devem chegar à região no domingo pela manhã, mas o desembarque não foi autorizado pelas autoridades japonesas. Em um comunicado divulgado pela agência oficial do governo, a China fez um apelo para que o governo japonês impeça a ação, "que visa enfraquecer a soberania territorial chinesa."
As ilhas são chamadas de Senkaku pelos japoneses e de Diaoyu pelos chineses, e divide as opiniões no meios políticos japoneses. "Felizmente a comunidade internacional reconhece que as ilhas Senkaku são japonesas, mas é necessário, com esse topo de expedição, sensibilizar o resto do mundo sobre o problema", declarou a deputada japonesa Keiko Yamatani.
Neste sábado, Taiwan acusou o Japão de "ocupar de maneira dissimulada" as ilhas, um comentário que evidencia um endurecimento do governo em relação à questão. Além de interessar aos três países por sua posição estratégica, situadas no mar da China Oriental, o fundo do mar na área é rico em hidrocarburetos.
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