Embaixador da Síria no Iraque passa para a oposição
Pela primeira vez desde o início da revolução na Síria, há um ano e quatro meses, um diplomata abandona o regime do ditador Bashar al-Assad.O embaixador da Síria no Iraque, Naouaf Fares, não só passou para a oposição como também fez um apelo para o Exército sírio virar os canhões e tanques de guerra contra os criminosos do regime.
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A partir de hoje, o Conselho de Segurança da ONU começa a analisar um novo projeto de resolução que aumenta a pressão sobre o ditador Bashar al-Assad. O texto, proposto ontem por americanos e europeus, dá dez dias para o regime colocar um fim aos ataques à população, retirando das ruas das cidades que se voltaram contra o regime soldados e armas pesadas. Caso contrário serão aplicadas sanções econômicas, conforme prevê o artigo 41 da Carta das Nações Unidas.
O projeto de resolução também prolonga por 45 dias a missão de observadores da ONU na Síria, cujo mandato termina no dia 20 de julho. Na terça-feira, a Rússia já tinha proposto um texto concorrente, prevendo o prolongamento da missão de observadores, mas sem sanções contra o regime. Os representantes da oposição síria reuniram-se nesta quarta-feira com o chanceler russo, Serguei Lavrov, sem grandes avanços. Os russos insistem que a transição do poder deve passar por um diálogo com o regime, enquanto os opositores exigem a saída imediata de Bashar al-Assad.
Rússia e China, membros permanentes do Conselho de Segurança e aliados de Damasco por interesses geoestratégicos e ligados à venda de armas, já vetaram duas vezes resoluções ocidentais contra o regime sírio. Apesar dos apelos internacionais, a Rússia informou que vai continuar entregando baterias antiaéreas à Síria, alegando se tratar de armamento de defesa.
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