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OTAN/ Cúpula

Cúpula da OTAN vai definir retirada total de tropas do Afeganistão

O presidente dos EUA, Barack Obama, acolhe a partir deste domingo, em sua cidade natal, Chicago, a Cúpula da OTAN que tem como principal ambição fornecer uma estratégia clara de saída do conflito afegão depois de mais de uma década de guerra. Na sequência da reunião do G8 em Camp David, Obama, desta vez, estará no centro de um evento com cerca de 50 líderes mundiais para a reunião de Cúpula que é considerada a mais importante desde a criação da Aliança Militar, há mais de 60 anos.  

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama,  e da França, François Hollande, em encontro na Casa Branca.
Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, François Hollande, em encontro na Casa Branca. REUTERS/Jeff Haynes
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Além dos 28 países da Europa e da América do Norte integrantes da OTAN, representantes da Ásia e do Oriente Médio que participam da coalizão internacional no Afeganistão foram chamados à mesa de discussões. É a primeira Cúpula da OTAN a ser realizada em solo americano em mais de dez anos.

Reunidos no Palácio do Congresso, um local ultra protegido de Chicago, os líderes deverão discutir a estratégia para “terminar a missão” no Afeganistão, o que deverá abrir o caminho para a repatriação até 2014 de 130 mil soldados enviados ao país.

“Nós entramos juntos, nós sairemos juntos”, é o lema do secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, apesar da decisão da França de acelerar a retirada de suas tropas combatentes até o final deste ano. O novo presidente François Hollande já deixou claro desde sua chegada a Washington na sexta-feira, quando se encontrou com o presidente Barack Obama, que trata-se de uma promessa eleitoral de sua campanha e por isso, é "não negociável".

“Sobre a organização da retirada, isto é, em 2012, em relação ao ritmo da saída das tropas combatentes no Afeganistão, haverá nos próximos dias na França uma série de reuniões com o ministro da Defesa e com os chefes das Forças Armadas”, declarou Hollande ao final do G8. “Não estou dizendo que o presidente Obama aderiu ao que eu lhe disse”, admitiu o socialista francês.

A posição francesa foi “ compreendida”, afirmou o novo ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, prevendo que a Cúpula de dois dias em Chicago deverá encontrar um “consenso” sobre o tema.

O presidente francês deverá ter um encontro bilateral com o secretário-geral da OTAN enquanto Barack Obama deverá se reunir com o presidente afegão Hamid Karzai antes do início da Cúpula prevista para a tarde deste domingo, pelo horário local.

Além da retirada das tropas do Afeganistão, a Cúpula da OTAN deverá oficializar a primeira etapa da instalação de um escudo antimísseis na Europa, com o objeitvo de proteger o continente de eventuais ataques vindos do Oriente Médio, particularmente do Irã. O projeto é fortemente criticado pela Rússia que considera o escudo uma ameaça para seu próprio território.

O secretário-geral da Aliança Militar, Anders Fogh Ramussen, também deverá apresentar 25 projetos de cooperação no âmbito de um programa batizado de “Defesa Inteligente” (Smart Defence), lançado para reduzir o impacto da redução de despesas militares, especialmente na Europa.

 

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