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Mianmar/ UE

Chanceler europeia visita Mianmar e encontra opositora

A chefe da diplomacia europeia realiza a partir deste sábado uma visita histórica a Mianmar, em mais um passo para o restabelecimento das relações diplomática entre o país asiático e a União Europeia. Catherine Ashton encontrou-se com a opositora Aung San Suu Kyi em Rangum.

A opositora Aung San Suu Kyi encontrou-se com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
A opositora Aung San Suu Kyi encontrou-se com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton. REUTERS/Soe Zeya Tun
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A visita acontece alguns dias após a UE abolir quase todas as sanções políticas e econômicas em vigor contra Mianmar, ex-Birmânia. Nesta semana, San Suu Kyi e outros recém eleitos parlamentares da Liga Nacional pela Democracia recusaram-se a participar da sua primeira sessão do Parlamento, devido às palavras contidas no juramento que eles devem fazer.

“É um processo de mudanças. Espero que vejamos todos os elementos se organizarem para formar um processo irreversível e duradouro”, declarou Ashton, após o encontro com a opositora, ganhadora do prêmio Nobel da Paz. “Nós sabemos que as mudanças levam tempo. Elas devem ser bem fundamentadas e garantidas, para que o povo tenha confiança no seu futuro.”

Ashton abriu hoje, em Rangum, o novo escritório da União Europeia no país, “a primeira etapa” para uma representação diplomática tradicional. Além de promover diálogos políticos, este escritório deve organizar os programas de ajuda europeus a Mianmar: a UE prometeu 150 milhões de euros para o país.

A chanceler deve se reunir na segunda-feira com o presidente Thein Sein. Ao chegar a Mianmar, ela insistiu sobre a necessidade de os combates entre o Exército e os rebeldes da minoria kachin acabarem no extremo norte do país. Diversas minorias étnicas jamais firmaram a paz com o poder depois da independência, em 1948. O governo realizou negociações com alguns grupos, com os quais concluiu cessar-fogo, mas os confrontos no estado de Kachin permanecem.

Para encorajar as reformas iniciadas pelo governo que sucedeu a junta militar no poder, em março de 2011, os europeus suspenderam por um ano todas as sanções políticas e econômicas ao país, à exceção do embargo de armas. De sua parte, os Estados Unidos aliviaram algumas restrições aos investimentos e prometerem a nomeação de um embaixador, mas se recusaram a abolir as sanções mais importantes, sob a justificativa de manter um modo de pressão sobre o regime.

Há um ano, o novo governo “civil”, dirigido por ex-militares, promove diversas reformas espetaculares, como encorajar o retorno à vida política de Suu Kyi. Ela conquistou o seu primeiro mandato como deputada nas eleições históricas de 1º de abril.

 

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