França condena decisão de Israel de legalizar colônias na Cisjordânia
O governo israelense legalizou nesta terça-feira três colônias ilegais na Cisjordânia e desencadeou protestos incluindo o do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que condiciona a suspensão da colonização judaica em território palestino a uma retomada das discussões de paz.
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O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu informou que um comitê ministerial decidiu oficializar o “status de três comunidades estabelecidas nos anos 90 após decisões de governo anteriores”.
O governo israelense autorizou nesta terça-feira a legalização de três colônias ilegais de Bruchin (350 mordores), Rechelim (240 moradores), no norte da Cisjordânia e Sansana (240 moradores), no sul do território palestino.
Uma autoridade israelense afirmou que a “decisão não muda nada no local” e não significa a “criação de novas colônias nem a extensão das colônias existentes”.
Em um comunicado, o governo palestino "condenou a continuidade por parte de Israel do desenvolvimento de sua colonização", assim como a “legalização de enclaves da colonização”, apelando para a comunidade internacional condenar a ação porque ela “destrói as chances para a paz e de uma solução para dois estados”.
Reações
A França condenou a “suposta legalização” de três novas colônias na Cisjordânia, declarou nesta terça-feira o ministério da Relações Exteriores. Segundo o porta-voz da chancelaria francesa, Bernard Valero, a legalização enviaria uma “mensagem muito negativa, contrária aos interesses da paz na região”.
Segundo porta-voz, a França considera todas as colônias israelenses na Cisjordânia e na parte oriental de Jerusalém como ilegais.
A França também protestou contra a destruição, no dia 23 de abril, pelo exército israelense, de duas cisternas financiadas pelo governo francês como parte de um projeto de cooperação agrícola na região de Hebron, na Cisjordânia, para a população palestina.
As mensagens de protestos estão sendo encaminhadas para a Embaixada Israelense em Paris e também para as autoridades em Israel, de acordo com Valero.
“A França apela às autoridades israelenses a parar toda a destruição de bens e infraestruturas humanitárias, como exige o direito internacional” nas áreas que “têm como vocação integrar o futuro estado palestino”, afirmou o porta-voz.
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