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Israel/palestinos

França condena decisão de Israel de legalizar colônias na Cisjordânia

O governo israelense legalizou nesta terça-feira três colônias ilegais na Cisjordânia e desencadeou protestos incluindo o do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que condiciona a suspensão da colonização judaica em território palestino a uma retomada das discussões de paz.

Ativistas estrangeiros protestam diante de soldados isralenses durante manifestação do dia 20 de abril contra os novos assentamentos na Cisjordânia.
Ativistas estrangeiros protestam diante de soldados isralenses durante manifestação do dia 20 de abril contra os novos assentamentos na Cisjordânia. REUTERS/Mohamad Torokman
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O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu informou que um comitê ministerial decidiu oficializar o “status de três comunidades estabelecidas nos anos 90 após decisões de governo anteriores”.

O governo israelense autorizou nesta terça-feira a legalização de três colônias ilegais de Bruchin (350 mordores), Rechelim (240 moradores), no norte da Cisjordânia e Sansana (240 moradores), no sul do território palestino.

Uma autoridade israelense afirmou que a “decisão não muda nada no local” e não significa a “criação de novas colônias nem a extensão das colônias existentes”.

Em um comunicado, o governo palestino "condenou a continuidade por parte de Israel do desenvolvimento de sua colonização", assim como a “legalização de enclaves da colonização”, apelando para a comunidade internacional condenar a ação porque ela “destrói as chances para a paz e de uma solução para dois estados”.

Reações

A França condenou a “suposta legalização” de três novas colônias na Cisjordânia, declarou nesta terça-feira o ministério da Relações Exteriores. Segundo o porta-voz da chancelaria francesa, Bernard Valero, a legalização enviaria uma “mensagem muito negativa, contrária aos interesses da paz na região”.

Segundo porta-voz, a França considera todas as colônias israelenses na Cisjordânia e na parte oriental de Jerusalém como ilegais.

A França também protestou contra a destruição, no dia 23 de abril, pelo exército israelense, de duas cisternas financiadas pelo governo francês como parte de um projeto de cooperação agrícola na região de Hebron, na Cisjordânia, para a população palestina.

As mensagens de protestos estão sendo encaminhadas para a Embaixada Israelense em Paris e também para as autoridades em Israel, de acordo com Valero.

“A França apela às autoridades israelenses a parar toda a destruição de bens e infraestruturas humanitárias, como exige o direito internacional” nas áreas que “têm como vocação integrar o futuro estado palestino”, afirmou o porta-voz.

 

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