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Síria/Ataques

Temendo invasão militar, mulheres e crianças começam a deixar Homs

A cidade de Homs foi bombardeada novamente durante todo o dia nesta terça-feira. Dezenas de pessoas foram mortas nas últimas 24 horas e a oposição, que teme um “ataque final” das forças do presidente Bachar al-Assad, já pede que mulheres e crianças deixem a cidade, bastião da contestação contra o regime sírio. Enquanto isso Damasco vive tarde de manifestações contra a reforma da Constituição proposta pelo governo. 

Sírios se reúnem em protesto ao redor do cadáver de uma vítima das forças de Bashar al-Assad em Homs.
Sírios se reúnem em protesto ao redor do cadáver de uma vítima das forças de Bashar al-Assad em Homs. Reuters
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Pelo menos 16 pessoas, entre elas uma mulher e três crianças, foram mortos durante o bombardeio intensivo que atingiu a bairro de Baba Amr, em Homs, nesta terça-feira. Pela manhã as regiões de Khaldiyé e Karm el-Zaitoune também foram vítimas de ataques durante duas horas. A cidade, centro da contestação contra o governo sírio, é alvo de bombas há 18 dias. Segundo militantes, não há mais eletricidade, combustível e já começa a faltar comida.

A oposição teme que a frequência dos bombardeios seja o anúncio de um “ataque final” das forças armadas em Homs. Um comboio de 56 veículos militares, incluindo alguns tanques de guerra e caminhões com soldados, foi visto na estrada que leva à cidade. Diante do risco de um massacre, os militantes já pediram que mulheres e crianças deixem a região.

Manifestações

A menos de uma semana do referendo organizado pelo governo sírio, uma manifestação popular é prevista durante a tarde desta terça-feira diante do Parlamento em Damasco. O evento é organizado pelas formações laicas e de esquerda, que contestam o artigo 3 da nova Constituição. O texto confirma que a Charia continuará sendo a principal fonte de inspiração da legislação do país, e que apenas um muçulmano pode ser presidente.

Mais de 14 milhões de sírios foram chamados às urnas no próximo domingo para aprovar a nova Constituição. O referendo faz parte das promessas feitas pelo presidente Bachar al-Assad para tentar acalmar a pressão internacional. Segundo as Nações Unidas, cerca de 6 mil pessoas já foram mortas na Síria pelas forças do regime desde o início da revolta popular.

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