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Irã

Europeus estudam meios de evitar execução de iraniana

Os países europeus estão estudando meios de evitar que a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento no Irã, seja executada. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela porta-voz do ministério francês das Relações Exteriores, Christine Fages.

Manifestantes seguram cartazes com a foto de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento.
Manifestantes seguram cartazes com a foto de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento. Robert Reed Daly/Flickr
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"A França e seus parceiros europeus estão examinando atualmente todas os meios que podem ser empregados para evitar a condenação à morte de Sakineh Mohammadi Ashtiani", afirmou a porta-voz. Segundo ela, a França pede às autoridades iranianas que estabeleçam uma moratória geral das execuções no país, até a abolição total da pena de morte.

Nesta segunda-feira, uma carta assinada por diversos intelectuais franceses, publicada no jornal Libération, pede a anulação da pena. A iraniana, de 43 anos, foi condenada, em 2006, à morte por apedrejamento. Ela é acusada de adultério e de ter participado de um complô para matar o marido.

Na quarta-feira da semana passada, a tv estatal iraniana transmitiu uma suposta confissão de Sakineh Ashtiani. Na gravação, uma mulher vestindo um véu negro que cobre o corpo inteiro confessa ter conversado com um homem sobre o assassinato do marido. Mas a gravação distorcida e o véu não permitem identificar com precisão a identidade da mulher.

O advogado da iraniana afirmou que a confissão de sua cliente foi obtida "sob tortura". A Anistia Internacional criticou a gravação e afirmou que o governo iraniano utiliza com frequência esse tipo de estratégia para incriminar pessoas que estão detidas.

Sakineh Mohammadi Ashtiani já recebeu 99 chicotadas em praça pública e sua execução somente foi adiada devido à forte pressão internacional. O Brasil foi o primeiro país a oferecer ajuda à iraniana. No dia 31 de julho, durante comício da campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo ao presidente do Irã pedindo que ele permitisse que a mulher pudsse se asilar no Brasil.

Mais tarde, a proposta foi formalizada pelo Itamaraty, mas Teerã já deu sinais claros de que rejeita a iniciativa. Na quinta-feira da semana passada, o embaixador iraniano em Brasília, Moshen Shaterzadeh, descartou a possibilidade de que a mulher seja enviada ao Brasil e afirmou que ela vai continuar detida no Irã.

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