Milicianos xiitas soltam premiê do Iêmen detido há dois dias
O primeiro-ministro do Iêmen, Khaled Bahah, deixou nesta quarta-feira (21) a sua residência no centro da capital Sanaa, onde ficou dois dias bloqueado por milícias xiitas. Ele seguiu para um local seguro e desconhecido. Segundo a agência de informações oficiais do Iêmen, Saba, os milicianos e o presidente Abd Rabbo Mansour Hadi concluíram um acordo para colocar fim na crise que balança o país.
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Na noite de segunda-feira (19), milicianos xiitas armados cercaram a residência do primeiro-ministro Khaled Bahah. Algumas horas antes, o comboio em que o premiê se encontrava havia sido alvo de tiros do mesmo grupo; ele vinha de uma reunião com o presidente Abd Rabbo Mansour Hadi e não sofreu nenhum ferimento no ataque.
Na madrugada de terça-feira (20), combates violentos aconteceram entre forças do governo e os milicianos em diversos pontos da capital. Cerca de 35 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Os xiitas conseguiram tomar o controle do palácio presidencial, que fica no sul da capital Sanaa.
Negociações
Nesta quarta-feira (21), o presidente iemenita recebeu em sua residência um representante das milícias xiitas e encontrou diversos chefes tribais. Logo após o encontro, a agência de notícias oficial Saba anunciou que um acordo havia sido selado. Os rebeldes teriam prometido deixar o palacio presidencial e, em troca, o governo deve rever o projeto de constituição criticado pelos milicianos.
Os países do Golfo apoiam o presidente do Iêmen e denunciam "um golpe contra o poder legítimo". Apesar de terem tomado o controle do complexo presidencial, os rebeldes xiitas negam ter derrubado o chefe de Estado .Nesta quarta-feira os combates de acalmaram e não foram registrados confrontos violentos.
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