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Crianças francesas sequestradas por "terroristas" comovem a imprensa

O sequestro de uma família de franceses na África, na tensa região do Sahel, entre o deserto do Saara e o cinturão verde agrícola ao sul, recebe destaque nos jornais de hoje. "Quatro crianças reféns de terroristas", anuncia a manchete do jornal Aujourd'hui en France.

Franceses sequestrados ontem estavam na região do parque natural de Waza, no norte de Camarões.
Franceses sequestrados ontem estavam na região do parque natural de Waza, no norte de Camarões. AFP PHOTO/MARC PREEL
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Eles têm 5, 8, 10 e 12 anos, filhos de um funcionário da companhia francesa GDF Suez que vivia há dois anos na capital de Camarões, Yaundé. O casal Tanguy e Albane Moulin Fournier, mais um familiar e as quatro crianças foram sequestrados quando voltavam de uma visita ao parque natural de Waza, próximo da fronteira com a Nigéria. O econômico Les Echos acrescenta que as crianças foram separadas dos adultos, segundo a rádio-televisão estatal camaronesa.

O Aujourd'hui en France comenta que a França detém o triste recorde de reféns nas mãos de terroristas, "até mais que os Estados Unidos, que estão envolvidos em guerras muito mais longas. O jornal lembra que no início da intervenção militar francesa no Mali, em janeiro, o grupo Al Qaeda do Magreb Islâmico (Aqmi) ameaçou atacar interesses franceses ao redor do mundo.

O progressista Libération também acredita numa ligação entre o sequestro e a operação militar no Mali.

Por enquanto, as autoridades francesas trabalham com dois suspeitos para esse sequestro: o Aqmi e o grupo radical nigeriano Boko Haram, "uma seita sanguinária", descreve o Aujourd'hui en France. No idioma nigeriano haussa, Boko Haram significa "a educação ocidental é um pecado". O grupo islâmico, fundado por um saudita da corresnte salafista do Islã, tem incendiado igrejas e cometido outras atrocidades na Nigéria. De ações sectárias, o Boko Haram passou para ações terroristas.

O Le Figaro diz que o presidente François Hollande apontou esse grupo como provável autor do sequestro. O diário conservador afirma que seus membros costumam se refugiar no norte de Camarões, onde não são importunados pelas Forças Armadas. Testemunhas viram que os homens que sequestraram os franceses usavam kalachnikovs.
 

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