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Planeta Verde

Relatório da UE aponta falhas em usinas nucleares europeias

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Um relatório da Comissão Europeia que será divulgado hoje mostra o resultado de testes de segurança realizados nos 134 reatores nucleares existentes no bloco, em 14 países diferentes. Partes do estudo foram publicadas na imprensa e afirmam que todas as 68 centrais nucleares apresentam melhorias a serem feitas.

La centrale nucléaire de Fessenheim, photographiée en septembre 2012.
La centrale nucléaire de Fessenheim, photographiée en septembre 2012. REUTERS/Vincent Kessler
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A França é o país que mais depende da energia nuclear na Europa, com 58 reatores, e por consequência é o país que vai ser mais criticado e receber recomendações de segurança: todas as 19 centrais apresentam entre cinco e sete defeitos a serem corrigidos, de um total de 11 pontos analisados. Em situação semelhante também se encontram o Reino Unido e a Espanha.

Depois da catástrofe em Fukushima, no Japão, o objetivo dos testes era verificar a capacidade de prevenção e reação a acidentes sísmicos e ligados a inundações. Embora estes problemas não sejam comuns na Europa, as associações que defendem o fim da energia nuclear afirmam que o risco é presente, como Charlotte Mijeon, da organização Sortir du Nucléaire.

O relatório assegura que, por enquanto, nenhuma usina precisaria ser fechada por falta de segurança, mas serão necessários entre 10 e 25 bilhões de euros em investimentos para colocar todas as centrais nas normas. O principal defeito é o de as centrais possuírem aparelhos defasados para medir a atividade sísmica, ou simplesmente não tê-los, o que provoca falhas na avaliação de ameaças de terremotos e enchentes. Os equipamentos para combater acidentes também são armazenados de uma forma incorreta.

Maité Jauréguy-Naudin, diretora do Centro de Energia do Instituto Francês de Relações Internacionais, explica que estes problemas, além do envelhecimento das centrais, podem ser corrigidos com manutenção correta. Ela adverte que as outras formas de energia, como as renováveis, ainda não são capazes de suprir a demanda dos países, enquanto as energias fósseis poluem muito mais, embora suscitem menos medo nas pessoas. A especialista lembra que a Alemanha anunciou o fim das suas centrais nucleares, mas já é obrigada a recorrer a energiais não renováveis, movidas a carvão, para poder sustentar o consumo energético.

Todos estes assuntos serão tratados em uma cúpula de energia nuclear, realizada em Bruxelas nos dias 18 e 19 de outubro.

 

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