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Imprensa francesa

Imprensa cobra clareza na reforma fiscal socialista

Os jornais de hoje destacam em suas manchetes o discurso do primeiro-ministro francês, Jean Marc-Ayrault, ontem, diante dos deputados. O premiê apresentou as linhas gerais de seu programa de governo para os próximos 5 anos e, de maneira geral, os editorialistas acham que Ayrault foi vago ao explicar os aumentos de impostos sem indicar as receita correspondentes, um dado fundamental para avaliar se as medidas serão suficientes para tapar o rombo nos cofres públicos.

O primeiro-ministro francês, Jean Marc-Ayrault, ontem, terça-feira, diante dos deputados na Assembléia Nacional, em Paris.
O primeiro-ministro francês, Jean Marc-Ayrault, ontem, terça-feira, diante dos deputados na Assembléia Nacional, em Paris. Reuters / Philippe Wojazer
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O diário especializado em economia Les Echos esclarece que o projeto de lei com a revisão do orçamento de 2012 a ser enviado ao parlamento prevê uma arrecadação adicional de 7,5 bilhão de euros este ano. Para es Echos, o primeiro-ministro foi até ortodoxo ao rebaixar a projeção do crescimento para 0,3% este ano, menos do que calculam os organismos intenacionais.

O diário comunista L'Humanité diz que o primeiro-ministro foi claro: primeiro virão medidas de rigor e só depois, com as contas da casa arrumadas, virão as mudanças esperadas de um governo socialista. O L'Humanité considera que o discurso teve a virtude de confirmar o desejo dos socialistas de praticar uma reforma fiscal justa, satisfazendo uma parte da opinião pública indignada com a gestão de Nicolas Sarkozy, marcada pelos privilégios concedidos "à casta dos ricos".

O diário conservador Le Figaro também enfatiza a alta generalizada de impostos anunciada pelo primeiro-ministro, destacando que as classes populares e a classe média serão poupadas num primeiro momento. O fato de Jean-Marc Ayrault ter dito que todas as medidas serão negociadas provoca um comentário irônico do jornal. Ninguém acredita que o governo vai consultar os contribuintes sobre os aumentos de impostos.

O jornal católico La Croix destaca uma frase do primiro-ministro: "Não, não é tarde demais para agir". No primeiro trimestre do ano, a dívida francesa somava 1,789 trilhão de euros, ou seja, 89,3 % do PIB.
 

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