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Reforma do sistema eleitoral francês é indispensável, afirma jornal

O bipartidarismo entre esquerda e direita é ruim para a França. Essa é a conclusão do jornal comunista L'Humanité após analisar os resultados do primeiro turno das eleições legislativas no país. A abstenção recorde de eleitores e a diferença entre os votos e os deputados efetivamente eleitos revelam a crise de um sistema político incoerente, afirma o jornal.

A Assembleia Nacional da França.
A Assembleia Nacional da França. (cc) Wikimédia/Richard Ying et Tangui Morlier
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O L'Humanité defende uma reforma que favoreça o voto proporcional, pra que os eleitores se sintam verdadeiramente representados. Segundo cálculos do jornal, se o sistema político obedecesse o resultado das urnas, o partido Frente de Esquerda,que conquistou 7% dos votos teria 41 deputados.

Mas diante do sistema majoritário, o partido pode não eleger mais do 10 representantes na Assembleia Nacional. O calendário político do jeito que está, com uma eleição legislativa realizada pouc mais de um mês após a eleição presidencial, enfraquece a instituição parlamentar e por isso a reforma é indispensável para os eleitores se sentirem melhor representados, afirma o L'Humanité.

A decisão do partido conservador UMP de não aceitar a estratégia dos socialistas para barrar o avançar da extrema-direita na votação também ganhou destaque na imprensa francesa que circula nesta terça-feira.

Para o Le Figaro, o partido do ex-presidente Sarkozy foi coerente em não apoiar um candidato socialista na disputa direta por uma vaga contra um candidato da exterma-direita e também não retirar a candidatura de um representante do UMP para favorecer um voto no PS e vice e versa.

Já o Libération diz que ao negar participar de uma "frente republicana", ou seja uma união da esquerda e da direita para barrar o avanço do partido Frente Nacional, o UMP mostrou que as fronteiras do partido com a extrema-direita se tornaram bem opacas. Essa foi uma herança deixada pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, diz o jornal.

O econômico Les Echos destaca uma pesquisa a ser divulgada hoje revelando uma queda histórica do número de funcionários públicos na França. Em 2011, mais de 32 mil postos foram suprimidos. Os setores mais atingidos foram os da saúde e da administração das regiões do país, informa o diário econômico.

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