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Imprensa

Sucesso da esquerda francesa nas legislativas é destaque na imprensa

A vantagem da esquerda socialista no primeiro turno das eleições legislativas estampa as manchetes dos principais jornais franceses desta segunda-feira. Para o Libération, a esquerda sai fortalecida das urnas e por isso traz em sua capa uma foto do presidente François Hollande sorrindo ao deixar a cabine de votação.

Com a manchete "A esquerda forte", Libération dá destaque para os bons resultados do partido do presidente François Hollande.
Com a manchete "A esquerda forte", Libération dá destaque para os bons resultados do partido do presidente François Hollande. www.liberation.fr
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Nos cálculos do Libération, o Partido Socialista e seus aliados vão obter entre 285 a 320 cadeiras de um total de 577. Os números definitivos só devem sair no domingo que vem, com a realização do segundo turno, mas esses resultados parciais já revelam o horizonte político dos próximos 5 anos e ele é favorável ao governo, escreve o jornal. Os eleitores parecem querer dar ferramentas para o presidente Hollande agir, afirma o Libé.

A vantagem da esquerda é clara, diz o Aujourdui'hui en France, informando em sua manchete que o PS totalizou 46% dos votos contra 34% do conservador UMP e 13% da Frente Nacional, de extrema-direita. O presidente pode sonhar com uma maioria absoluta no parlamento, escreve o jornal.

Depois das eleições presidenciais, os eleitores confirmaram a disposição de mudar também a Assembleia Nacional, comemora o comunista diário L'Humanité. Sem surpresa, as urnas anunciam uma maioria confortável para o governo, que insistiu para o chamado “voto útil”, já que de nada adiantaria ter eleito o presidente socialista sem garantir a ele o apoio do parlamento. L'Humanité, no entanto, destacou a forte abstenção de 59% dos eleitores, a taxa mais alta dos últimos anos.

O primeiro turno foi marcado por uma abstenção mais forte do que nas eleições passadas, de 2007, também escreveu em sua manchete o católico La Croix. Em editorial, o jornal relativiza o sucesso da esquerda, já que poucos eleitores foram às urnas, mas constata que as legislativas confirmaram uma tendência que começou com a tomada dos socialistas pelo Palácio do Eliseu, a sede da presidência francesa.

Citando a fraca mobilização dos eleitores, o Le Figaro afirma que a eleição de François Hollande não provocou o mesmo entusiasmo e a verdadeira mudança, como aconteceu em 1981, logo após a vitória de outro socialista, François Mitterand. O governo terá que negociar com os ecologistas e a extrema-esquerda para aplicar seu programa, prevê o jornal conservador. O UMP, partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy, mede forças de igual para igual com o Partido Socialista, e o cenário para a oposição conservadora não foi tão ruim como previsto, afirma Le Figaro. Por isso, defende o jornal, os líderes do UMP devem insistir nos temas mais urgentes para o país: o déficit público, a crise na zona do euro e na Europa, a restauração da competitividade das empresas e a discussão sobre o modelo social francês e seu financiamento.

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