Novo atentado no Afeganistão mata quatro soldados franceses
O Palácio do Eliseu confirmou na manhã deste sábado a morte de quatro soldados franceses no Afeganistão. Eles foram atingidos por um atentado terrorista que deixou também outros cinco feridos, três deles são civis e estão em estado grave. Em um comunicado, o presidente francês, François Hollande, disse estar solidário com “a dor das famílias” das vítimas do ataque suicida.
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Além do comunicado por escrito, François Hollande fezuma declaração solene na tarde deste sábado sobre o novo atentado terrorista no Afeganistão, o primeiro com vítimas fatais entre as tropas francesas desde que Holande assumiu a presidência no mês passado. Ele reiterou a retirada de parte das tropas francesas do Afeganistão até o final deste ano. "Até lá, tudo deve ser feito para que nossas tropas cumpram todas as suas obrigações, mas com um nível de segurança mais elevado e com a mais alta vigilância", declarou. O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, irá ao Afeganistão amanhã para acompanhar de perto as investigações.
O porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Sediq Sediqqui, afirmou que o ataque foi provocado por um kamikaze que estava vestido de mulher e usava uma burca. Ele detonou os explosivos quando soldados do exército francês e afegão faziam uma patrulha em Kapisa, provícia localizada ao leste da capital Cabul.
Os talibãs reivindicaram a autoria do atentado, mas disseram ter matado 12 soldados franceses e quatro policiais afegãos. Os dados, porém, são contestados pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Para aumentar a campanha de terror e de propaganda, os talibãs tendem a aumentar o número de vítimas dos seus ataques, dizem analistas.
Com as mortes desse sábado, o número de soldados franceses mortos desde o ingresso na missão inetrnacional da Otan em 2001 é de 87. Assim que assumiu o mandato, o presidente François Hollande viajou ao Afeganistão e informou as tropas francesas no país que 2 mil soldados regressarão à França no final deste ano. O contigente francês restante, cerca de 1.500 homens, não realizará mais operações de combate e vai permanecer por mais um ano para repratriar os matérias bélicos e treinar as forças afegãs. Atualmente, 130 mil soldados estrangeiros de aproximadamente 50 países permanecem no Afeganistão, sendo 90 mil originários dos Estados Unidos.
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